Que bom que você veio!!


Que bom que você veio!!
Quero escrever textos que nos ajudem a entender um pouco mais daquilo que Deus tem para nós, para falarmos uma mesma linguagem. Não tenho o objetivo de ser profundo, nem teológico, nem filosófico, nada disso. Quero dizer coisas simples que pululam em minha mente, sempre atento para não contradizer em nada a minha fé, ou o que creio ser a vontade de Deus.
No mês de Agosto/12 há um texto que explica o significado e o porquê do nome Xibolete.

1 de out. de 2013

E agora José?

Era um rapaz apaixonado. Não se contentava de tanta alegria. Achava que o seu coração explodiria a qualquer instante de tanto amor. Quando olhava nos olhos dela tinha certeza absoluta de que ela era a sua costela perdida. Sentia uma vontade enorme de estar sempre ao lado dela, e sabia que era correspondido. Ela constantemente dizia que não via a hora do casamento chegar para viverem juntos todos os minutos daquele amor, com mais intensidade.

Seus amigos não se cansavam de lhe dizer o quanto ele era abençoado por estar com ela. Uma jovem de boa família, correta, tranquila, sensata, equilibrada, educada, prendada e, além do mais, uma cristã exemplar. Ela era bonita. Muito bonita. Para ele, a mais linda do mundo.

Um belo dia ele sai de casa todo faceiro, com um sorriso nos lábios que ia de orelha a orelha. Ele vai namorar. Compra uma caixa dos melhores chocolates e um lindo arranjo das mais lindas flores para sua amada. Pelo caminho sorria para todos. Cantava feliz. Os pássaros cantavam ao seu redor. Os cachorrinhos passavam abanando suas caldas como que compartilhando da alegria dele.

Ao vê-lo chegando ela corre feliz para encontrar o seu amado. Depois de um beijo recebe os mimos que ele escolhera cuidadosamente. Depois começam a conversar sobre os preparativos do casamento. Num dado momento ela olha bem nos olhos dele e diz:
- Amor, preciso lhe falar uma coisa.
- O que meu amor. Sou todo ouvidos para você. Fale.
- Não sei se você vai entender - diz ela com olhinhos baixos, que pediam socorro.
- Claro que vou entender meu amor. Pode dizer o que você quiser que eu compreenderei perfeitamente – diz ele todo seguro de si.

Coitado, não imaginava a bomba que ela tinha para explodir em suas mãos.
- Amor – ela murmura, fazendo uma pausa antes de continuar- eu estou grávida!
- Hã?!?!?! – foi a única coisa que ele conseguiu esboçar.

E agora José? Duvidar da verdade ou crer na mentira?

Claro, esta é minha versão para a história de José e Maria narrada por Mateus (Mt 1:18 a 25). Um história que provavelmente tem acontecido com bastante frequência nos nossos dias. Talvez você conheça algumas. Mas a de José e Maria tem um aperitivo que as modernas não têm, pois antes que ele tivesse um ataque Maria diz com voz bem suave:
- Foi o Espírito Santo.

Fico imaginando a cara de José. Olhos arregalados, a boca seca e a respiração quase parada. Quantas coisas passaram na cabeça dele naquele momento.  Quantas promessas de fidelidade. Quantas oportunidades ele teve para provar que era fiel. Quanto ele tinha aberto mão para ficar com ela e realizar seus sonhos de um casamento feliz. E agora isso...

Seja honesto, você acreditaria numa história dessas? Grávida pelo Espírito Santo? Qual é Maria, conta outra. José também não acreditou. Foi para sua casa arrastando os pés, chutando latas, cachorros, pedras e tudo mais que estivesse à sua frente. Agora tudo estava acabado. O que fazer? Como aquilo acontecera depois de tantas juras de amor e fidelidade?

O texto diz que José era um cara correto, e preocupou-se em desfazer o contrato de casamento sem difamar Maria. Esse cara deveria ser um santo mesmo. Provavelmente eu e você não teríamos a mesma atitude.

José volta pra casa mais cedo com um olhar triste e vai deitar-se. Rola de um lado para o outro na cama e tem dificuldade de dormir. Quando finalmente pega no sono, tem um sonho onde um anjo lhe avisa que Maria estava certa. Ele deveria casar-se com ela, e quando o menino nascesse deveria chamar-se Emanuel. Coitado, nem o nome pode escolher.

José casa-se com Maria e só completa a sua lua-de-mel após o nascimento da criança.

Esta é a cena de José na Bíblia. Quem fica bem na fita depois disso é Maria. Mas esse cara me dá uma lição fantástica de obediência irrestrita à vontade de Deus. Fico envergonhado quando vejo histórias como a dele, a de Abraão (Gn 12:1 a 9) e, pior ainda, a de Oséias (Os 1:1 a 3; 3:1,2). Às vezes acho que me pareço mais com o povo de Deus do Velho Testamento, resmungão e desobediente.

Malaquias revela a indignação de Deus com o povo que oferecia sacrifícios com animais defeituosos no templo: E vocês ainda perguntam: Como é que estamos te ofendendo? Pois vocês me ofendem quando acham que têm o direito de profanar o meu altar. E me ofendem também porque pensam que não faz mal me oferecerem animais cegos, aleijados ou doentes. Pois procurem oferecer um animal desses ao governador! Acham que ele o aceitaria com prazer e atenderia os seus pedidos? (Ml 1:7,8). Deus chega a dizer que preferia que os profetas fechassem as portas do templo para que não houvesse mais sacrifícios assim, inúteis. Cultos que não passavam de meros rituais, cultos incompletos, defeituosos.

Qual é o seu grau de obediência a Deus? É ampla e irrestrita, ou você obedece de acordo com sua vontade? Só obedece naquilo que lhe agrada? Você obedece por prazer ou por medo? A obediência faz parte da completude do seu culto a Deus. Sem ela seu culto é defeituoso e não agrada a Deus.

E agora, _________________? (coloque aqui o seu nome)