Que bom que você veio!!


Que bom que você veio!!
Quero escrever textos que nos ajudem a entender um pouco mais daquilo que Deus tem para nós, para falarmos uma mesma linguagem. Não tenho o objetivo de ser profundo, nem teológico, nem filosófico, nada disso. Quero dizer coisas simples que pululam em minha mente, sempre atento para não contradizer em nada a minha fé, ou o que creio ser a vontade de Deus.
No mês de Agosto/12 há um texto que explica o significado e o porquê do nome Xibolete.

30 de abr. de 2012

Tempo, tempo, tempo...

São 4:30 da manhã. Madrugada. Estou num ônibus indo em direção à rodoviária. Por onde passo, há muito movimento. São ônibus, taxis, bancas de jornais, padarias, hospitais, postos de saúde, postos de gasolina, delegacias, tudo isso e mais alguma coisa funcionando o tempo todo, pois como já dizia o poeta cantor Cazuza: “O tempo não para.”

Enquanto dormimos, nosso coração não para. Nossa vida não para. Ainda bem.

A cada momento que vivemos sentimos o nosso tempo mais curto. Parece que o fim do ano está chegando mais rápido a cada ano. E assim, parece que estamos envelhecendo mais rápido também.

Li em algum lugar que um dia alguém perguntou a Galileu Galilei:
- Quantos anos tens?!
- Oito ou dez - respondeu Galileu, apesar da sua barba branca - Tenho, na verdade, os anos que me restam de vida, porque os já vividos não os tenho mais, como não temos mais as moedas que já gastamos.

Quanta sabedoria. Perdemos muito tempo amarrados a coisas que ficaram para trás, ou com coisas que não sabemos se iremos viver ou não, e não aproveitamos o tempo que temos agora, que é único, para vivermos de maneira que valha a pena. O presente é algo muito valioso. Precisamos saber aproveitá-lo com toda intensidade e sabedoria.

O poeta bíblico nos diz que “para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (Ec 3:1), então aproveite cada tempo no tempo certo, para que ao seu tempo você tenha razões para agradecer a Deus pelo tempo de vida que ele já te deu. E viva o tempo que lhe resta viver de maneira tal que quando este tempo terminar você não tenha nada do que se arrepender.

Vivemos nossa vida como se fôssemos eternos, mas não nos preparamos para a eternidade. Então, viva cada momento que você tem como se fosse seu ultimo. É aqui que construímos a nossa morada que não terá um tempo, pois será eterna.

Quanto tempo você investe na sua construção?

27 de abr. de 2012

Sua desgraça é a minha alegria.


O título acima foi copiado da coluna “Camisa 12”, do Eduardo Tironi (Jornal Lance! – 18/04/2012). Ele termina sua coluna dizendo que “hoje, o torcedor tem gastado sua energia e perdido seu sono mais pelo fracasso do outro do que pelo sucesso do time que ele diz amar”. É verdade.

Eu confesso: Ver o Flamengo perder me dá muita alegria. E naquela noite da eliminação na Copa Libertadores, eu estava me preparando para mais uma grande comemoração. Cheguei a esboçar alguma coisa, mas um olhar da minha filha Isabelle, que torce pelo Flamengo, me jogou um balde de água fria. Que espécie de pai sou eu? Como posso vibrar de tanta alegria vendo uma expressão de decepção no rosto da minha filha? Foi difícil, mas me contive e vibrei só um pouquinho.

Hoje quando li a coluna do Eduardo Tironi, voltei a pensar no assunto. Infelizmente somos assim mesmo. No fundo, a desgraça dos outros quase sempre nos dá uma pontinha de prazer. Principalmente se esse outro é um desafeto nosso, ou é alguém de quem temos inveja, por ser melhor que nós.

Vibramos quando um criminoso vai preso. Se ele morre em um confronto com a policia, nossa alegria é proporcional à quantidade de balas que ele leva. Quando um político corrupto vai preso, o que é uma raridade, ficamos com a “alma lavada”. Quando nosso chefe chato é demitido, não pensamos na família dele. Quando um Pastor comete um deslize e cai quase achamos que somos Deus, por que não fomos nós. Quando um membro de nossa igreja comete um erro (não cometemos nenhum) queremos que ele seja imediatamente disciplinado, Enfim, ver a desgraça do outro é a nossa alegria.

Paulo nos ensina: “alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram” (Rm 12:15). Você já viu alguém que almeja muito uma função importante na empresa, se alegrar com o companheiro que conseguiu justamente aquela vaga que deveria ser sua? Digo alegrar-se de verdade, não aquela alegria fingida. É muito raro. Pense bem. Quantas vezes você já viu? Agora, ver alguém se alegrar com a derrota do outro, vemos a toda hora, não é verdade?

Imagine se você puder ficar lá do céu, se é que vai para lá, olhando para o inferno. Provavelmente verá alguém e pensará: “Bem feito”. Somos assim. Não perdemos uma oportunidade de vibrar com a derrota do outro.

João nos avisa que “se alguém afirmar: ‘Eu amo a Deus’, mas odiar a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (I Jo 4:20). Nem sempre chega a ser ódio esta alegria pela desgraça dos outros, mas, sendo ódio ou não, é certo que precisamos mudar de atitude. Compaixão foi o que ensinou Jesus Cristo, e precisamos praticar se somos discípulos dele.

Ok. Não vou mais torcer pela derrota do Flamengo. Só vou torcer para que o outro time vença o jogo, mesmo se for um time da Argentina. E não precisa ser de goleada. Se não houver problemas com saldo de gols, pode ser um simples meio a zero.

Quem tem ficha limpa que atire a primeira pedra.

Hoje ouvia uma reportagem no rádio do carro sobre a situação complicadíssima do Senador DEMóstenes. O presidente do DEM, partido de filiação do Sr. DEMóstenes, disse que ele teria alguns dias para se explicar e que, se não convencesse o partido, seria expulso por usar o mandato para beneficiar terceiros.

Quando ouvi isso eu me recordei do texto bíblico em que os fariseus querendo detonar Jesus, lhe trazem uma mulher surpreendida em adultério e lhe perguntam o que fazer com ela. Apedrejá-la como mandava a lei ou não?

O texto nos revela que Jesus com sua grande sabedoria tirou o foco do julgamento de cima da mulher pecadora e levou seus santos acusadores a fazerem uma reflexão sobre suas próprias vidas.

Resultado: todos foram embora, pois nenhum tinha ficha limpa suficiente para condená-la. Jesus então diz a mulher: Seus acusadores foram embora, vá também e não peques mais.

Imagine Jesus lá em Brasília, perguntando aos SENHORES DO DEM que votarão pela expulsão do Sr.  DEMóstenes: ”Aquele que tem a ficha limpa atire a primeira pedra”. O que aconteceria? Será que o Sr. DEMóstenes, que já andou jogando pedras no telhado dos outros, sairia ileso, ou haveria alguém com cara-de-pau suficiente para mandar bala (leia-se pedra)?

Sou forçado a crer, depois de muito ouvir e ver “nossos representantes”, que SIM. Pois eles não são suficientemente honestos como foram os fariseus confrontados por Jesus. SIM, eles mentiriam para Jesus, aliás, eles mentem a toda hora.

E nós, continuaremos acreditando e votando DEMocraticamente nos nossos “santos” de campanha eleitoral.