Que bom que você veio!!


Que bom que você veio!!
Quero escrever textos que nos ajudem a entender um pouco mais daquilo que Deus tem para nós, para falarmos uma mesma linguagem. Não tenho o objetivo de ser profundo, nem teológico, nem filosófico, nada disso. Quero dizer coisas simples que pululam em minha mente, sempre atento para não contradizer em nada a minha fé, ou o que creio ser a vontade de Deus.
No mês de Agosto/12 há um texto que explica o significado e o porquê do nome Xibolete.

2 de dez. de 2016

Brincando com coisa séria.

#FORÇA CHAPE
Existem coisas com as quais não se deve brincar. Algumas coisas são tão sérias que não deixam margens para um experimento. Os riscos são tão grandes que não se pode nem pensar em qualquer alternativa que não seja cumprir à risca os requisitos básicos de segurança. Todas as informações levam a crer que o acidente com o avião, que levava o time da Chapecoense para o jogo da final da Sulamericana, foi por irresponsabilidade do piloto e dono da empresa do avião.

Perdemos a noção do perigo. Ai, fazemos com que muitas pessoas sofram por atitudes nossa que geram situações ruins. Ainda bem que podemos ver nesses momentos, que o ser humano ainda tem salvação, não está de todo perdido. A comoção e tudo que vimos nesses dias, consequência desse acidente, nos levam a crer que tudo ainda pode mudar para melhor. Penso que só aqueles “Vossas Excelências”, lá de Brasília, parecem não ter mais jeito, pois aproveitaram esse momento de comoção e na calada da noite desfiguraram um projeto sério apoiado pela população brasileira. Mas, mais cedo ou mais tarde, o “avião” deles também cairá.

Há um ditado que diz que “a justiça de Deus tarda, mas não falha”. E eu creio muito na justiça de Deus. Não concordo com o “tarda”, pois Deus é quem sabe a hora certa, mas fecho completamente com o “não falha”. Por isso, não entendo como as pessoas brincam com algo tão sério. Quando vejo pessoas vivendo como se não houvesse um amanhã, fico pensando no que passa nessas cabeças. Principalmente quando vejo isso nos chamados “crentes”. Vivem um evangelho que não é o de Jesus Cristo, pois segundo João: “Se alguém afirma: “Eu o conheço bem!” mas não guarda seus mandamentos, é um mentiroso. Sua vida não combina com suas palavras. Mas aquele que guarda a Palavra de Deus demonstra o amor amadurecido de Deus. É o único meio de saber que estamos em Deus. Quem afirma ser intimo de Deus deve viver o mesmo tipo de vida que Jesus viveu” (I Jo 2:4-6).

Enquanto escrevo esse texto, vejo um programa esportivo na TV que mostra ao vivo uma entrevista com a mãe do goleiro Danilo, que morreu no acidente. Ao fim da entrevista ela pergunta, ao repórter, como ele estava se sentido pelos colegas de jornalismo que também morreram no acidente. Ele não consegue responder e ela pergunta se pode dar um abraço nele. Ela o abraçou enquanto ele chorava copiosamente. Enquanto abraçados, ela falava com ele carinhosamente. Quando se afastaram ela enxugava os olhos dele. Não sei qual religião ela professa, mas naquele momento, ela fez o que com certeza Jesus faria. Uma mãe que perdeu o filho demonstrando toda a sua maternidade enquanto enxugava as lagrimas do repórter.

Como estamos sentido falta de pessoas que realmente reflitam no dia a dia a vida de Jesus. Alguns refletem na igreja, outros nem na igreja conseguem. São os mentirosos que João fala. Brincar com coisa seria é muito grave. Não faça isso. Os exemplos que temos infelizmente são os piores possíveis, mas não precisamos fazer o mesmo. Gênesis narra a historia de Noé: “O eterno viu que a maldade humana estava fora de controle. Desde cedo, de manhã, até a noite, as pessoas só pensavam no mal e só maquinavam a maldade. O eterno lamentou ter criado a raça humana. Estava muito triste e, então, decidiu: “Vou me livrar dessa minha criação que se corrompeu. Vou dar um fim a tudo: pessoas, mamíferos, cobras e insetos, aves, tudo que criei. Estou triste por tê-lo criado. Mas Noé era diferente, e o eterno gostou do que viu em Noé” (Gn 6: 5-8). Então, é possível viver no meio deles sem ser infeccionado por sua podridão.

Não fique só olhando e julgando o que os outros estão fazendo de errado, faça você o certo. O que é o certo? Paulo nos ensina: “A vida de Cristo me mostrou como fazer isso e me deu capacidade de viver assim. Eu me identifico totalmente com ele. De fato, fui crucificado com Cristo. Meu ego não ocupa mais o primeiro lugar. Pouco me importa parecer justo ou ter um bom conceito entre vocês: não estou mais tentando impressionar Deus. Agora Cristo vive em mim. A vida que vivo não é “minha”, mas é vivida pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. E eu não volto mais atrás” (Gl 2:20-21).

Então não brinque com o que é sério, leve a sério o que é serio. É isso.


Nota: os textos bíblicos utilizados são da versão “A Mensagem” de Eugene H. Peterson


4 de nov. de 2016

Quanto custa ir para o céu?

Há tempos entrei num banco próximo a minha casa e deparei-me com uma imagem que me fez sorrir. Havia um belo crucifixo pendurado numa das paredes e logo abaixo dele uma plaqueta que dizia: Retire aqui sua senha. Ao lado um aparelho emissor de senhas. Era para a fila de idosos.

Meu primeiro pensamento foi: será que é senha para ir para o céu? Se for prefiro esperar e pegar a ultima. Não tenho muita pressa. Mas isso é coisa da minha cabeça. Sou meio esquisito. Tenho esses pensamentos, mas me divirto com eles.

Para completar, esta semana vejo uma placa que me retorna o pensamento a situação no banco. A placa dizia com letras destacadas: “Porta do Céu”. Logo abaixo em letras menores a inscrição: “Veja os preços abaixo”. É claro que mais uma vez tive que sorrir.

Vou explicar.

No Rio de Janeiro há uma comunidade que se chama Cidade de Deus. As ruas desta comunidade são conhecidas por nomes bíblicos. A “porta do céu” seria uma das entradas e lá tem um serviço de motoboys que transportam as pessoas para dentro da comunidade, e cada localidade tem um valor diferente.

Infelizmente existem pessoas que realmente procuram comprar uma entrada para o céu. Existem igrejas que, direta ou indiretamente, têm estipulado preço para alcançar o céu. As bênçãos divinas viraram um comercio desenfreado em nossos arraiais. Benção maior, preço maior.

Não vejo nenhum testemunho de pessoas que mesmo dando grandes ofertas, sofrem algum tipo de dificuldade, mas continua fiel. Sempre o esquema é o mesmo: conheci a igreja tal, do pastor ou apostolo tal, passei a ofertar regularmente e hoje sou milionário. Fico pensando nas pessoas que frequentam igrejas há muitos anos, são fieis dizimistas, vivem uma vida correta diante de Deus, mas não ficam ricas, sofrem alguma enfermidade, tem problemas familiares ou coisas parecidas.

Comprar bênçãos não é nenhuma novidade. Geoffrey Blainey, em seu livro "Uma Breve História do Cristianismo" (Ed. Fundamento) conta que "O tratamento dispensado pela igreja aos pecadores seguia uma fórmula: o pecador em busca do perdão confessava o pecado a um padre, que prometia absolvição, desde que cumprida a pena apropriada. Talvez o padre recomendasse orações, a pratica de uma boa ação ou o pagamento em dinheiro", e mais a frente ele diz que "O papa Leão X criou uma venda ainda mais ousada. Em 1515, a bula papal oferecia indulgências para financiar a construção da nova igreja de São Pedro, em Roma. O príncipe Alberto, também arcebispo da cidade de Mainz, indicou agentes para conceder essas indulgências, geralmente em troca de uma quantia de dinheiro. (...) a quantia era estipulada de acordo com os ganhos dos pagantes. (...) Na verdade, parte do dinheiro arrecadado ia para banqueiros alemães, a família Fugger, como pagamento de um empréstimo."

O autor do livro bíblico II Reis, conta a história de Naamã. O capitulo 5 começa informando que ele era comandante do exercito sírio e que era respeitado e honrado pelo rei, pois era um vitorioso. Porém, traz uma informação bem ruim ao final do versículo 1: “Mas esse grande guerreiro era leproso”.

A história continua e diz que ele vai procurar um servo de Deus, indicado por uma menina que servia sua esposa. Este servo de Deus era Eliseu. Ao chegar oferece "trezentos e cinquenta quilos de prata, setenta e dois quilos de ouro e dez mudas de roupas finas" (II Rs 5:5). O texto sagrado revela a atitude de Eliseu diante da oferta que certamente encantaria a muitos ditos servos de Deus hoje: "Juro pelo nome do Senhor, a quem sirvo, que nada aceitarei" (II Rs 5:16).

Mas apesar de tudo, chegar ao céu realmente tem um preço. Nas palavras de Dietrich Bonhoeffer "A graça não é barata, custou o sangue de Cristo". Pedro nos fornece o aval para esta frase: "Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo" (I Pé 1:18,19).

Então, o preço já foi pago. Não há necessidade de pagarmos mais nada, nem fazermos sacrifício algum. Não há nada que façamos que nos sirva como pagamento para irmos para céu, sermos salvos. O que teria que ser feito, já foi feito. Cristo já pagou por nós.


1 de out. de 2016

Vicios

Fiquei irritado com o corretor automático do meu celular porque fui perguntar a alguém se havia feito sua refeição e digitei: "Já almuçou?”, e o incompetente corrigiu para: "Já almoçou?". Fiquei olhando aquela palavra como se fosse uma intrusa no meu escrito. Que palavra era aquela que se intrometia onde não devia. Parei. Olhei. Li mais uma vez e cheguei a conclusão que era a palavra certa, por mais estranha que me parecesse naquele momento. Acho que nunca escrevi essa palavra. Talvez tenha sido a primeira vez, tão estranha ela me pareceu.

Tudo isso por culpa do vicio na forma de falar. Percebi que sempre falo com o som de "u", isto é, "almuçou". Não pense que não sabia que o certo era "almoçou", mas naquele momento eu achei meio esquisito. Por alguns segundos fiquei confuso sobre o certo e o errado. Assim acontece com muitas coisas na vida, e nem percebemos. Paulo fala sobre isso quando diz: "Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo" (Rm 7:18,19).

Existe dentro de cada um de nós uma luta terrível das leis que nos regem. Por um lado a lei divina que mostra uma serie de princípios que não devo desobedecer. Por outro lado a lei da carne que me cobra a todo instante que realize desenfreadamente, ou mesmo cautelosamente, os seus desejos. Essa luta por vezes nos faz ceder ora para uma banda, ora para outra. Parece aquele desenho animado que coloca de um lado um diabinho e do outro um anjinho, soprando orientações e tentações, as quais nos fazem ficar, por vezes, sem saber o que realmente fazer.

Algumas coisas nos parecem absurdas e temos certa facilidade em decidir, como por exemplo, entre matar ou ajudar uma pessoa, eu sei exatamente o que escolher. Outras coisas como, por exemplo, se devo ou não olhar para o belíssimo traseiro daquela mulher que vai toda rebolante a minha frente, principalmente se ela estiver com um minúsculo biquíni numa praia, pode sofrer um atenuante, e eu achar que não é tão errado assim. Afinal, ela esta ali na minha frente, eu não posso olhar para os lados, ou para trás, pois corro o risco de tropeçar em alguém e cair, e me machucar.

Uma coisa é aceitar um caso de adultério dentro da igreja, ou uma relação sexual fora do casamento, principalmente se houver gravidez (se não houver ninguém precisa ficar sabendo). Outra coisa é aquela irmãzinha, ou irmãozinho, que fala de todo mundo indiscriminadamente, mas ninguém toma uma atitude. Isto não é errado? Ou mesmo alguém que fala mentiras, e nada acontece.

Esta luta, que acontece conosco, nos faz tomar partido em algumas situações e desenvolvemos uma serie de esquivos para nos livrar da culpa. Algumas coisas já não nos parecem mais ser nocivas. Classificamos alguns desvios de "maior" ou "menor" periculosidade para o caráter, ou para a espiritualidade, e assim nos “livramos” da culpa em algumas coisas.

Para termos uma ideia disso, segundo o site ACIDIGITAL, em "Perguntas e respostas sobre o Sacramento da Penitencia", há dois tipos de pecados: os mortais e os veniais. Entre os mortais mais frequentes, que devem ser confessados, estão: "perder a Missa dominical ou as festas de preceitos sem um motivo sério; matar ou ferir GRAVEMENTE a uma pessoa inocente; para os cônjuges, IMPEDIR a concepção no ato conjugal; roubar alguma soma RELEVANTE, inclusive desviando ou subtraindo no trabalho", e ao mesmo tempo diz que "A confissão dos pecados veniais NÃO É NECESSÁRIA, mas é muito útil para o progresso da vida cristã". (os grifos nas palavras acima são meus)

Segundo a Wikipédia "A penitencia pode ser definida durante a confissão que é o sacramento pelo qual o fiel se reconcilia com Deus, obtendo o perdão pelos seus pecados". De acordo com o tamanho do pecado o tamanho da penitencia. E assim, entre pecadinhos e pecadões, vamos vivendo sem ter noção, às vezes, se estamos fazendo o bem que queremos ou mal que odiamos. Na realidade algumas coisas já perderam o significado de mal para nós.

E vamos levando nossas vidas sem nos dar conta de que algumas coisas não devem ser feitas. Para o uso do celular na direção, inventamos a desculpa que "é trabalho e não posso perder tempo". Avançamos o sinal vermelho e argumentamos que "o lugar era perigoso". Gastamos um bom tempo nos "zapzaps" da vida durante nosso horário de trabalho, enquanto o chefe não esta vendo, e achamos que somos espertos. E assim nos tornamos viciados em algumas coisas porque elas nos parecem menos prejudiciais, e não percebemos o erro que cometemos.

Sei que tenho meus vícios também. Não sou santo como gostaria de ser. Sou gente igual a você e me desespero por achar que é muito difícil. E na realidade só não conseguimos por isso, por achar que somos nós que faremos. Paulo quando percebe a loucura que é isso tudo exclama: "Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?" (Rm 7:24). Quem poderá me livrar destes maus hábitos que vou adquirindo aos poucos e vão cauterizando minha compreensão do certo e errado, que me leva a não saber mais se o que faço ou deixo de fazer é o que agrada a Deus? É como se fosse um vicio em uma droga qualquer que domina minha vontade e me faz um escravo dela. Faz-me um dependente.

Em seguida Paulo solta a voz num grito que sai das profundidades do seu ser e exclama agradecido: "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!" ( Rm 7:25). Ufaa!Que alivio! É um peso enorme que sai das minhas costas. Escuto em alto e bom som Jesus dizendo: "Vinde a mim, todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve" (Mt 11:28-30).

Pronto! Não sou eu, mas Cristo é quem pode me livrar de tudo isso. O peso não sairá por meus méritos, mas pela graça de Deus, que mandou Jesus para pagar por meus erros. A penitencia maior e completa já foi feita, pois ele morreu por todos os meus pecados. E eu só preciso pedir perdão por cada um deles diante de Deus, pois o texto sagrado me diz: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar TODOS os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1:9). (grifo meu novamente)

Só me resta agradecer a Deus e procurar viver o mais perto possível da sua vontade.


3 de set. de 2016

Morrer

Morrer é um verbo e, como todo verbo, indica uma ação. Mas este é um verbo que não gostamos muito, pois ele representa a ultima ação de cada um de nós. Como não queremos morrer, não gostamos muito deste verbo. Esta é uma ação que podemos comparar com um urubu, alias, tem tudo a ver. Sabemos que existe, mas não queremos proximidade. Pensamos que não nos faria falta se não houvesse.

Existem algumas formas de morrer. Pode ser de causa natural, acidental ou proposital.
• Natural seria morrer de velhice. Quando os muitos anos nos tiram toda a vitalidade e, aos poucos, a vida se esvai. Incluo aqui as causadas por alguma enfermidade, pois, após a queda no jardim do Éden, doenças passaram a fazer parte da natureza do homem.
• Acidental, lógico, por um acidente qualquer. Uma batida de carro, um avião que cai, um erro médico, uma bala perdida, ou um piano que cai na sua cabeça, ou mesmo uma casca de banana que te faz escorregar e bater com a cabeça no chão.
• Proposital seria o suicídio. Quando a pessoa resolve tirar a própria vida. É uma fuga, uma fraqueza diante de alguma dificuldade, de um desapontamento muito grade, uma traição. O suicida decide que não vale mais a pena lutar, e tira a própria vida. O suicídio é pecado. Incluo nesta categoria os assassinatos, pois quem matou tinha o propósito de matar.

Esta é a minha visão. Posso não estar totalmente correto, mas também não estou totalmente errado. O que sei é que ninguém nasce querendo morrer. Durante muito tempo nem pensamos nisso, e quando começamos a pensar é apenas para desejar que demore muito. Mas uma coisa eu sei que é totalmente certa: todos, isso mesmo, TODOS iremos morrer.

Quando olho para a Palavra de Deus, a Bíblia, percebo que ela me fala de dois tipos de morte: a física e a espiritual. A morte física é quando nosso corpo material se vai de forma natural, acidental ou proposital. Após a desobediência de Adão e Eva, Deus mostra uma serie de consequências que o pecado traria, e diz que o homem viveria aquilo tudo até que voltasse a terra, "pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás" e, segundo o autor da carta aos Hebreus, "o homem está destinado morrer uma só vez" (Hb 9:27). 

A morte espiritual acontece quando nos distanciamos de Deus que é a fonte da vida. Deus orientou Adão e Eva a não comerem da árvore do bem e do mal "porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá" (Gn 2:17). Além da morte física o homem teria então a morte espiritual, pois a desobediência o afastaria de Deus, o doador da vida. Paul Washer diz que o homem caído "é declarado espiritualmente morto por causa de sua inabilidade absoluta de reagir a Deus", tanto quando na morte física o homem não tem nenhuma reação. Esta é uma morte que o homem conhece em vida. O pecado que reina em nossa vida causa essa morte. 

Esta, certamente, é a pior morte. Mas graças a Deus pelo seu imenso amor que nos mandou seu "Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16). Paulo escrevendo aos efésios diz: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados" (Ef 2:1). Na mesma carta ele complementa: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2. 8).

Então, continuo não querendo morrer, mas me consolo pela garantia de vida eterna que Jesus Cristo me concedeu quando morreu em meu lugar. Ele de uma vez por todas já pagou pelos meus erros. Cabe a mim crer que este sacrifício basta, que não há nada que eu possa fazer a não ser crer. Marta diz a Jesus que se ele chegasse mais cedo, certamente, Lázaro não teria morrido. A resposta dele é segura e confortadora: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente" (Jo 11:26,26).

Não sei como, nem quando, mas sei que minha hora chegará, assim como a sua. Mas tenho a convicção de que apenas meu corpo, que perambula por este mundo sobre duas pernas, findará. Voltarei ao pó, mas meu espírito voltara a Deus, que o deu. Como vai ser isso, ainda estou tentando entender. Mas não importa se entendo ou não, apenas creio que assim será.

E você, no que crê?


6 de ago. de 2016

Procuram-se loucos!


Um belo dia você abre o jornal procurando uma oportunidade e encontra o seguinte anuncio:

Procuram-se loucos...
  • Que estejam dispostos a largar tudo. Abandonar a tranquilidade da casa dos pais e partir em uma jornada para um lugar desconhecido, e que cada novo passo será conhecido durante o caminhar.
  • Que estejam dispostos a receber e obedecer ordens, mesmo que isto inclua sacrificar o próprio filho.
  • Que tenham a coragem de construir um barco imenso em um lugar muito distante de rios ou mares, alegando que recebeu uma informação de que haverá uma inundação que acabará com toda a humanidade, e apenas os que estiverem no barco sobreviverão.
  • Que estejam dispostos a sofrerem todo tipo de zombaria, chacota, levar chibatadas; serem apedrejados, aprisionados, jogados em uma fornalha, entregues a leões famintos, decapitados, mas ainda assim continuarem acreditando.
  • Que recusem receber honrarias, morar nos palácios, serem chamados de príncipes, se isso os levar a abandonar seus princípios.
  • Que acreditem que o mar irá se abrir a despeito da descrença de todos ao redor, e que o outro lado da dificuldade é só uma questão de tempo, de acreditar.
  • Que sejam loucos o suficiente para levar outros a acreditarem que poderão derrubar muralhas apenas com caminhadas, gritos e sons de trombetas.
  • Que creiam que uma prostituta pode mudar sua atitude e cooperar bravamente com o reino de Deus, colocando até mesmo sua família em risco.
  • Que acreditem que com um pequeno grupo de apenas trezentos homens derrotará um imenso e poderoso exercito muito bem armado.
Não há limites de vagas. Não precisa ter experiência anterior. Capacitação garantida de melhor qualidade oferecida pelo chefe. Todos os benefícios possíveis e imagináveis.

Todos que já trabalharam conosco não se arrependeram. Um deles chegou a registrar seu sentimento de confiança em trabalhar conosco dizendo: “Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação” (Hc 4:17,18). A despeito de tudo o que pudesse acontecer ele estava firme.

Outro que sofreu horrores enquanto trabalhavam conosco, que chegou mesmo a desejar morrer, ao terminar sua carreira disse: “Está próximo o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda” (II Tm 4:6-8). Por tudo quanto experimentou no relacionamento conosco, tinha a certeza absoluta de que a recompensa por investir sua vida trabalhando nesta causa, valeria a pena.

Qual seria sua reação? Correria todos estes riscos acima e outros que pudessem aparecer? Estaria seu nome na galeria dos heróis da fé?

A versão da Bíblia “A Mensagem”, de Eugene H. Peterson fala sobre esses heróis da fé: “Por seus atos de fé, eles venceram reinos, fizeram obras de justiça, viram promessas cumpridas. Foram protegidos de leões, incêndios e ameaças de morte, transformaram a desvantagem em vantagem, venceram batalhas, afugentaram exércitos invasores. Mulheres receberam seus queridos de volta. Foram eles que, sob tortura, se recusaram a desistir e ser libertados, preferindo algo melhor: a ressurreição. Outros enfrentaram abusos, açoites e, sim, algemas e prisões. Temos informações de alguns que foram apedrejados, serrados ao meio, assassinados a sangue frio; história de homens vagando pela terra em peles de animais, sem teto, sem amigos, sem força – o mundo não os mereceu – vivendo como podiam nas periferias cruéis do mundo” (Hb 11:32-38). E graças a eles, hoje temos oportunidade de conhecermos o evangelho de Jesus Cristo. Se depender de nós, os próximos terão a mesma oportunidade?

Se eu e você não quisermos aceitar esta oportunidade outros aceitarão e o trabalho será feito, mas nós perderemos o imenso privilégio de termos participado desta obra tão maravilhosa.

Procuram-se loucos. Não loucos no sentido de doente mental, mas loucos por um ideal, por uma crença, por uma fé.

Procuram-se loucos. Você é louco o suficiente para encarar, servir a Deus, apesar de tudo isso, e continuar até o fim para que outros conheçam a Cristo?


1 de jul. de 2016

Amigo tem cheiro

Estava num jantar entre amigos e o papo rolava solto regado com muitas gargalhadas, bem do jeito que deve ser um encontro entre amigos que prezam uma boa amizade. De repente alguém saca um IPhone e pronto, em poucos minutos já éramos dois grupos distintos: os com e os sem IPhone.

Um dia desses estávamos em casa eu, Ana e Isabelle, e quando vimos estávamos os três conectados em aparelhos diferentes. Estávamos próximos, mas muito distantes.

A tecnologia tão maravilhosa dos nossos dias, que facilita nossa vida, nos rouba, ela mesma, o tempo que deveria sobrar para vivermos a nossa humanidade. Somos tão atraídos por ela que nos perdemos dentro dela e dos seus muitos caminhos e sem perceber nos tornamos muito virtuais também. Sem vida. Sem sentimentos.

Voltava de ônibus do Paraná, ao final de mais um Teen Street Brasil, e tentava sintonizar uma rádio. Finalmente consegui uma que apresentava um programa com o nome de “As 30 Mais do Sertanejo Jovem”. Quando comecei a ouvir já estavam nas 10 últimas músicas, isto é, as 10 mais votadas naquela semana. O que me chamou a atenção foi que, entre estas 10 melhores colocadas, apenas uma não falava de um relacionamento desfeito.

Por que será que são criadas tantas músicas com este tema? Será apenas imaginação dos compositores, ou experiências realmente vividas? Por que será que tantas pessoas se identificam com as situações vividas nestas canções? Será o relacionamento um grande problema atual? Sou quase levado a afirmar que sim.

O corre-corre de cada dia nos tem roubado oportunidades de estarmos mais juntos e fortalecermos laços duradouros. Os nossos próprios interesses nos tem feito criar relacionamentos do tipo “fast food”, que quando nos saciam são deixados prá lá, sem criar vínculos saudáveis para uma duração maior. Então, amizades são passageiras, casamentos acabam, familiares não se falam, crentes não se suportam e Deus, quando precisar falo com ele.

Nossos amigos já não têm mais cheiro, mas sim perfis.  Não tem olhos vivos, mas olhos frios das fotos destes perfis. Nossos relacionamentos são virtuais. Sem contato. Sem calor. Sem sabor. Sem cheiro. Estamos desaprendendo a nos relacionarmos uns com os outros. As grandes amizades já quase não existem mais. Amores acabam com muita facilidade. Os relacionamentos são tão virtuais, que ouvi dizer que numa ação judicial de um funcionário contra uma empresa em São Paulo, a testemunha indicada pelo funcionário era um “amigo” do facebook.

Creio que Cristo pensava diferente quando disse: “Eu lhes dou este novo mandamento: Amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros” (Jo13:34). O amor de Cristo é eterno e não passageiro. Então, se fôssemos obedientes ao nosso Senhor, não teríamos problemas de relacionamentos. O evangelho estaria sendo anunciado com uma força muito maior, pois Cristo continua dizendo: “Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos” (Jo13:35).

Salomão nos diz de maneira enfática que “O amigo ama em todo o tempo” (Pv 17:17). Então não há desculpas, mesmo nos momentos mais complicados, mais difíceis, o amigo tem que estar junto, pois o mesmo Salomão nos diz: “Não abandones o teu amigo” (Pv 27:10). Nos momentos em que o amigo mais precisa um do outro é que percebe que, na realidade, aquele amigo não era tão amigo assim, pois amigo é amigo mesmo em toda e qualquer situação. Acredito que os amigos virtuais não teriam essa característica que é essencial para os amigos.

A verdadeira amizade não tem segredos e quem nos ensinou isso foi o próprio Jesus Cristo quando disse para os discípulos: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer” (Jo15:15). Para mim esta é a maior valorização que a verdadeira amizade já teve: O próprio Jesus Cristo chamar-nos de amigos. Nada poderia ser melhor.

Deus é um ser relacional, e amizade é relacionamento.

Como estão, ou são, seus relacionamentos? Seja com a sua família, com amigos, com irmãos na igreja, com colegas de trabalho ou com seus vizinhos?  Sinceros, profundos, duradouros? Ou você faz parte das “estatísticas” das músicas sertanejas? Muita coisa pode mudar a partir de você, para melhor ou pior. Pense nisso!


2 de jun. de 2016

Espelho, espelho meu!

Noventa por cento das vezes que me olho no espelho ou é para pentear o cabelo, ou é para barbear. Contemplar minha imagem no espelho tem se tornado um problema. Ainda que me ache cada vez mais bonito, ao mesmo tempo vejo que não tem mais jeito, aos poucos, a idade vem trazendo suas marcas. É complicado quando olhamos para o espelho e achamos que aquela pessoa que está ali não somos nós. Ainda bem que é verdadeiro quando Tiago diz que o homem se olha num espelho e, "depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência" (Tg 1:24).

O espelho normal não mente. Existem aqueles que distorcem a imagem, mas estou falando daquele que temos em casa, que as mulheres não sobrevivem sem eles. Eles refletem aquilo que somos realmente.

Fico pensando que Deus deve se sentir como eu, muitas vezes, quando olha seus espelhos, que somos nós, principalmente os que somos chamados cristãos. Deus já sabe que o não cristão é uma imagem sua distorcida pelo pecado, mas nós, que somos chamados cristãos, que deveríamos refletir a imagem dele e estamos muito distante disso, provavelmente o temos entristecido muito.

Na carta que o apostolo Paulo escreveu aos romanos ele pinta um quando tenebroso da humanidade que rejeita Deus (Rm 1:18-32), e inclui aqueles que não fazem as mesmas coisas mas são coniventes, apoiam, ou pelo menos não lutam contra. Mas, infelizmente, quando olhamos para os chamados cristãos que conhecemos, vemos algumas das matizes pintadas por Paulo tão nítidas que nos preocupamos. Quase não raro ouvimos alguém que diz: "Fulano é crente? Nem parece".

Na carta aos coríntios ele fala que "por todos os lados se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos" (1Co 5:1). Na mesma carta ele avisa que os cristãos não deviam se relacionar com os imorais, não os de fora, mas de dentro da própria igreja, que seriam pessoas avarentas, idólatras, caluniadores, alcoólatras ou ladrões, e que nem mesmo deveriam comer junto com esses tais (1Co 5:9-11). Essa é uma imagem ruim para aqueles que deveriam retratar a semelhança com Deus.

Esses quadros pintados com palavras por Paulo, que retratam igrejas do Novo Testamento, são pinturinhas de crianças perto de algumas que vivemos na modernidade. Sei que tudo isso era esperado por Jesus, pois ele disse que na sua volta iria separar o joio do trigo: "Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro joio e amarrem-no em feixes para serem queimados; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro" (Mt 13:30). Mais adiante, quando explica a parábola, ele avisa que "o joio são os filhos do Maligno, e o inimigo que o semeia é o Diabo" (Mt 13:38,39). Eles estarão juntos, dentro da igreja.

Seria bom atentar para o que revela o autor da carta aos hebreus: "Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus" (Hb 10:26,27).

A música "De Deus não se zomba" da banda Fruto Sagrado diz que "Nos tornamos hedonista, materialistas, cínicos, geradores de morte, fome, atraso e injustiça! Progenitores de fanatismos doentes e letais! Essa é a nossa humanidade! Essa é a nossa civilização! Parece não haver limites para a irracionalidade humana! E com certeza não há limites para a justiça de Deus". Esse é um retrato bem fiel do ser humano que já não parece ser tão humano, mas lembra que a justiça divina será feita.

Imagine Deus diante de você fazendo a pergunta: "Espelho, espelho meu. Quem, dizes tu, sou eu?". Que resposta ele teria? Teria ele uma imagem limpa, perfeita do seu reflexo, ou uma imagem retorcida, completamente corrompida por uma vida desleixada com os mandamentos divinos? Isso é muito sério.

Minha oração, e meu desejo, é que "O Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe de volta dentre os mortos o nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas, os aperfeiçoe em todo o bem para fazerem a vontade dele, e opere em nós o que lhe é agradável, mediante Jesus Cristo, a quem seja a glória para rodo o sempre. Amém" (Hb 13:20,21).


2 de mai. de 2016

Familia é muito melhor do que sapatos

Você, como eu, provavelmente já usou um sapato novo que apertava o pé e até mesmo machucava o calcanhar. Não tem coisa tão ruim como isto. Eu me recordo de um sapato apertado que provocava uma ferida no meu calcanhar e sangrava todas as vezes que usava. Então, o suplicio era maior. A meia grudava naquele sangue e doía na hora de tirar. Era muito ruim. Tão incômodo quanto um sapato apertado, pode ser uma família.

O sapato você tem a chance de escolher aquele que mais lhe agrada. É de gosto particular. Você olha, gosta e até pode experimentar. Mas a nossa família não temos escolha. Simplesmente abrimos nossos olhos e lá estão nossos pais e todos os outros. Não dá para experimentar. Saber se vai encaixar certinho. Se vai apertar ou não. O sapato, mesmo você experimentando, ainda corre o risco de ele te machucar. A família você não escolhe e recebe com todos os riscos que podem vir daí.

O sapato que fica te machucando, você pode doar para alguém e nunca mais vê-lo. Se livra totalmente dele. Mas a família não, esta tem um vinculo permanente. Você só se livra da família com a morte. A sua morte. Porque, quando morre alguém da sua família, mesmo que você não queira, se lembrará até  morrer.

Não estou afirmando que a família é uma coisa ruim, não. A família é muito melhor do que os sapatos. A família é uma criação de Deus. A Bíblia revela que após criar o homem e a mulher, Deus os abençoou e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se. Encham e subjuguem a terra" (Gn 1:28). Mais adiante lemos que "Adão teve relações com Eva, sua mulher, ela engravidou e deu à luz Caim" (Gn 4:1), e assim começou o que chamamos de família. Então, começaram os conflitos familiares.

Na realidade não conheço família alguma que não tenha tido algum conflito. A família é composta de seres completamente diferentes desde o inicio. Um rapaz que tem toda influencia, negativa e positiva, da sua família, casa-se com uma jovem que vem de outra família com influencias diferentes, positivas e negativas também. Se não houver algum conflito, alguma coisa está errada. Esses dois geram pessoas, que também são diferentes, e em algum momento toda essa diferença vai gerar algum problema. Ninguém escapa disso. Mas, o mais importante não é saber que vai ter conflitos, e sim saber o que fazer com eles.

Na Bíblia encontramos vários ensinamentos para convivermos com ou sem desavenças. O livro de Provérbios está cheio deles. Paulo nos ensina como tudo pode ser resolvido. Para ele o amor é a resposta, a solução para que toda dificuldade seja resolvida, a base para que toda guerra seja um aprendizado.

Quando vai falar desse tema ele inicia dizendo que vai nos indicar "um caminho ainda mais excelente", e então, inicia o mais belo texto já escrito sobre o amor. Ele diz que ainda que você seja a pessoa mais incrível do mundo, mais sabia, mais bondosa, ainda que você seja uma pessoa merecedora de todos os prêmios Nobel do mundo, se não é o amor que te move, você é nada. Então, ele passa a descrever esse amor: "O amor nunca desiste. O amor se preocupa mais com os outros que consigo mesmo. O amor não quer o que não tem. O amor não é esnobe, não tem a mente soberba, não se impõe sobre os outros, não age na base do ‘eu primeiro’, não perde as estribeiras, não contabiliza os pecados dos outros, não festeja quando os outros rastejam, tem prazer no desabrochar da verdade, tolera qualquer coisa, confia sempre em Deus, sempre procura o melhor, nunca olha para trás, mas prossegue até o fim." (1Co 13).

Este é o caminho "mais excelente" para a boa convivência na família. Não é um dos caminhos, é "o" caminho. Se convivermos em família cultivando as características desse amor que Paulo descreve tão bem, os conflitos, que não deixarão de existir, serão grandes oportunidades para crescimento, aprendizado e fortalecimento do amor.

Família é muito melhor do que sapatos. Eu sei que você sabe disso. Então, ande descalço, se for preciso, mas invista pesado em sua família. Invista todo tempo, todo dinheiro e, principalmente, muita oração. Deus, o criador da família, irá te honrar. Quem sabe, ele até vai te dar os mais belos e confortáveis sapatos do mundo.

1 de abr. de 2016

Ônibus errado


Tenho um amigo que diz que "de graça, até ônibus errado". Mas eu paguei para andar num ônibus errado. Estava no terminal Alvorada na Barra da Tijuca e queria ir para o Meier. Perguntei e me mostraram onde era o ponto. Quando cheguei vi um plaquinha que dizia: 693 - Alvorada x Meier ( via Dias da Cruz). Era tudo que eu precisava. Queria ir justamente para a Rua Dias da Cruz. 

Haviam dois ônibus no ponto. O primeiro já estava saindo, eu corri e o motorista deu uma esperadinha, consegui entrar. Paguei minha passagem e calculei: ele vai pegar a Linha Amarela e rapidinho estarei lá.


O ônibus não pegou logo a Linha Amarela. Passou por um pedaço da Cidade de Deus, pegou a estrada do Gabinal, deu uma volta enorme dentro da Freguesia, e finalmente pegou a Linha Amarela. Agora sim, uns cinco minutos estarei no Meier.


Neste momento li no letreiro que tem dentro do ônibus, num painel luminoso acima do motorista: Via Norte Shopping. Quase chorei. O ônibus passaria ao lado da Dias da Cruz, mas pela Linha Amarela, onde não pode parar por ser uma via expressa, daria uma enorme volta. Ele saiu da Linha Amarela perto do Engenhão, deu uma volta foi parar na Abolição, depois Pilares, passou no Norte Shopping, só então foi para o Meier. E o pior não passaria na Rua Dias da Cruz. Eu teria que descer, atravessar a linha do trem e andar mais uns cinco minutos, e estava chovendo. Graça a Deus, não muito.


O ônibus que eu havia tomado era o 692, sai do mesmo ponto que o 693, da mesma empresa, mas faz um trajeto diferente.


Porque toda essa história? Não sei se você vai concordar comigo, mas isso me fez refletir sobre igrejas. Se discordar, tudo bem, só não diga que eu sou meio louco.


Muito bem. Todos sabemos que o Diabo se traveste de coisas inocentes e boas, aparentemente, para enganar. Jesus Cristo falando sobre o final dos tempos disse: "Se, então, alguém lhes disser: 'Vejam, aqui está o Cristo!' ou 'Ali está ele!', não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos" (Mt 24:23,24). Ele, o Diabo, anda por aí trabalhando incansavelmente, enquanto nós dormimos no ponto.


Muitos estão pegando ônibus errados por aí. O que eu peguei tinha o mesmo destino que o meu em sua placa, mas por um caminho bem diferente e, depois, vi que o seu final não era exatamente onde eu queria, ou acreditei que fosse. Tive que fazer uma caminhada debaixo de chuva para chegar ao meu destino. O Diabo se esmera em espalhar igrejas que tem em suas placas que seria o paraíso, ou a vida eterna com Deus, mas por caminhos estranhos. Por isso é preciso muita atenção, pois já fomos avisados: "Vejam que eu os avisei, antecipadamente" (Mt 24:25), disse Jesus.


O sábio alerta que "há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte" (Pv 14:12). Por isso precisamos examinar cuidadosamente cada ensinamento que nos são passados pelos nossos profetas modernos e verificar para que destinos estão nos direcionado. Há um certo liberalismo em algumas igrejas que não pode combinar com a Palavra de Deus, a Bíblia. Por isso é necessário que você se esmere nos estudos bíblicos em suas devocionais para não ser enganado.


Aquilo que é parecido não é igual. O ônibus que peguei era parecido com o que eu precisava, mas havia um detalhe bem pequeno, que por falta de melhor observação, e conhecimento adequado, me levou por outros caminhos, para um destino que não era exatamente o que queria. Se tivesse perguntado mais, me informado melhor, teria evitado uns engarrafamentos, e ganhado um tempo maior. Por isso é imprescindível um bom conhecimento da Palavra de Deus, para não ser enganado por falsos profetas que abarrotam estes tempos. 


Para um bando de saduceus, que se achavam espertos, Jesus Cristo disse: "Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus" (Mt 22:29). Este é o mesmo erro de muitos hoje que não se preocupam em conhecer a Palavra de Deus, e são facilmente enganados por palavras lijongeiras. Pregações que mais parecem palestras motivacionais, que falam de sucesso profissional, financeiro e pessoal, que acariciam, e não confrontam com as verdades bíblicas.


Não quero me delongar neste texto, mas insisto para que você confronte as coisas que ouve dos seus profetas prediletos, com o que diz a Palavra de Deus. Para isto é necessário conhece-la, o que é bem simples, pois hoje você tem acesso livre a Palavra de Deus, e a bons estudos sobre ela em livros e na internet.


Não se deixe enganar. Cuidado com o ônibus que você esta andando. Preste bem atenção para não perceber, só no final do trajeto, que você estava no ônibus errado.

3 de mar. de 2016

Expectativas

Acabei de me mudar. Vim morar num apartamento que comprei na planta. É como comprar um carro zero, com aquele cheirinho de novo. É bem gostoso. Mas, ao mesmo tempo, é meio decepcionante. No caso do carro zero, o fator decepção, é menor, ou praticamente zero. O carro está ali no salão de uma concessionária, pontinho para você olhar, sentar dentro dele, observar os detalhes, ver a cor, acessórios, espaço, e tudo que você deseja. Você está vendo exatamente o que vai comprar.

Na compra de um imóvel na planta você vê, no book que te oferecem, o que poderá ser o seu imóvel. Você tem apenas algumas fotos criadas num computador que lhe sugere como será o objeto da sua compra. Naquelas fotos tudo parece uma maravilha, de grandes proporções, e criam a imagem de que você está comprando o próprio paraíso. E você fica sonhando com dia que entrará por aquelas portas quase celestiais.

Depois de muito tempo, por que os atrasos nas datas prometidas são certos, depois de problemas para documentação, financiamentos, um caminhão de certidões, um caminhão com todas as suas tralhas, lá está você de chave na mão às portas do paraíso. Mas, aí você descobre que o paraíso ainda não chegou. Aquela piscina que parecia o próprio oceano, não passa de uma pequena banheira. O salão de festas é apenas uma salinha que nem sua família cabe. O seu lugar de morar é muito aquém daquele que você viu nas fotos do book, e você fica se perguntando se perdeu a noção de metragem, pois ele parece muito menor.

O site significados.com.br diz que: "expectativa é o estado ou qualidade de esperar algo ou alguma coisa que seja viável ou provável que aconteça". Diz ainda que vem "do latim exspectare" e indica "a condição de alguém que tem esperança em algo que foi baseado em promessas".

Pensando em expectativas não tenho como não pensar no céu. Eu creio em Deus, creio na Bíblia e em tudo que ela revela. Todo o processo da Bíblia me leva na direção de que um dia eu estarei no céu, que é a promessa conquistada por Cristo, quando morreu por mim (Jo 3:16). E aí entra a expectativa de como será o céu. Será o céu a mesma situação dos imoveis vendidos na planta? Será que corro o risco de me decepcionar?

O book da Cidade Santa, Apocalipse, revela algumas características dela: "O muro era todo feito de diamante e a cidade era de ouro puro, semelhante a vidro límpido. Os fundamentos do muro da cidade estavam adornados com toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento era de cristal de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda; o quinto, de sardônica; o sexto, de sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso; o décimo primeiro, de jacinto; o décimo segundo, de ametista. Os doze portais eram doze pérolas; cada um dos portais construído a partir de uma só pérola; e a rua principal da cidade era de ouro puro, reluzente como o vidro límpido" (Ap 21:18-21).

Na realidade espero por um lugar que não seja exatamente assim. Acredito que será um lugar mais aconchegante. Já escrevi em outro texto que o céu para mim é como se fosse um paraíso. A imagem descrita por João, em Apocalipse, foi a única que ele acreditou que poderia dar uma pequena ideia da grande beleza que viu. O desenho de João, para mim, é apenas uma imagem como a das crianças quando começam a querer desenhar. Um monte de rabiscos para todos os lados, que para elas, são imagens perfeitas daquilo que querem desenhar.

Seja como for o céu, com ruas de ouro ou não, ou um grande, lindíssimo e aconchegante paraíso ou não, eu tenho certeza que não me arrependerei da escolha que fiz. Sim porque há essa possibilidade. É uma escolha que podemos realizar enquanto estamos vivos, lógico. A Bíblia é muito clara sobre isso quando diz que há apenas duas únicas opções: "Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mt 7:13-14).

O caminho para o céu - porta estreita - é através do sacrifício de Jesus Cristo: "Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus", e "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele" (Jo 3:18,36). Quem crê optou pelo céu.

A outra opção é o inferno - porta larga -, e sobre ele C. S. Lewis disse: "Não há nenhuma doutrina que eu removeria de mais bom grado do cristianismo do que isto, se eu tivesse o poder. Mas essa doutrina tem o pleno apoio das Escrituras, e sobretudo das próprias palavras do nosso Senhor." A promessa bíblica é de um lugar horrendo. Não tenho a menor vontade de confirmar se a realidade do inferno corresponde a expectativa criada pela descrição que a Bíblia me revela. Alias, nem quero ter expectativa alguma.

Quais são suas expectativas para a vida futura? Você já fez sua opção? Pense nisso.


12 de fev. de 2016

Só mais um cântico para crianças

Veja esta historia que saiu na revista Seleções de novembro/2007: “Enquanto eu juntava folhas com um ancinho ao longo da margem do rio que banha nossa casa, esbarrei numa tartaruga bastante grande. Ela parecia morta, mas pensei que podia estar hibernando e decidi deixá-la ali. Três dias depois, a tartaruga continuava imóvel. Então, peguei o ancinho e a virei de barriga para cima, delicadamente. Imaginem minha surpresa quando vi escrito Made in China em seu casco! Eu havia esperado três dias para um de meus enfeites de jardim começar a andar!” (J. Louise Demczyna, Canadá).

Nos meus tempos de criança, havia um cântico que falava para termos cuidado com o que nossos olhos veem, com o que nossas bocas falam, com o que nossas mãos pegam e onde nossos pés pisam. Infelizmente não vivemos muito atentos com estas coisas. O livro dos Provérbios nos diz que “quem é sábio procura aprender, mas os tolos estão satisfeitos com a sua própria ignorância” (Pv 15:14). Ainda o mesmo livro nos orienta para que sejamos sábios: “Filho, tenha sempre sabedoria e compreensão e nunca deixe que elas se afastem de você. Elas lhe darão vida, uma vida agradável e feliz” (Pv 3:21,22).

Como é agradável vermos pessoas que são sensatas e equilibradas. Pessoas que não agem para depois pensar se era a melhor coisa a ser feita ou não. Pessoas que não falam sem pensar no que estão falando, e ferem, machucam, destroem outros, sem fazer a menor reflexão antes.

Com a desculpa que o mundo hoje requer agilidade nas decisões, por causa da velocidade em que tudo acontece, atropelamos a educação, o respeito, a moralidade e perdemos a sensatez e o equilíbrio, então vamos passando como um rolo compressor por sobre tudo e todos.

O sábio Salomão nos alerta: “Não tenha pressa de ir ao tribunal para contar o que você viu. Se mais tarde outra testemunha provar que você está errado, o que é que você vai fazer?” (Pv 25:8). Sensatez e equilíbrio para discernir o que vê.
Sobre a boca Salomão avisa: “Quando o tolo fala, ele causa a sua desgraça, pois acaba caindo na armadilha das suas próprias palavras” (Pv 18:7). Sensatez, equilíbrio e sabedoria no que fala.

Quando Deus dá a Isaías uma visão sobre a nação rebelde ele diz: “Quando vocês levantarem as mãos para orar, eu não olharei para vocês. Ainda que orem muito, eu não os ouvirei, pois os crimes mancharam as mãos de vocês” (Is 1:15). Equilíbrio, sensatez e amor nas mãos que agem.

Salomão também nos avisa que “agir sem pensar não é bom; quem se apressa erra o caminho” (Pv 19:2). Sensatez, equilíbrio, sabedoria e paciência no caminhar.

O uso destas partes do corpo pode trazer sérias consequências, por isso Salomão reuniu tudo isso num texto que mostra qual o sentimento de Deus com relação a isso: “Existem sete coisas que o Senhor Deus detesta e que não pode tolerar: o olhar orgulhoso, a língua mentirosa, mãos que matam gente inocente, a mente que faz planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que diz mentiras e a pessoas que provoca briga entre amigos” (Pv 6:16 a 19).

Talvez seja a hora de resgatarmos o cântico dos meus tempos de criança, que os adultos achavam engraçadinho ver os pequenos cantando nas manhãs de domingo, na EBD (Escola Bíblica Dominical), e não levavam a sério, que dizia: “Cuidado olhinho o que vê; cuidado boquinha o que fala; cuidado mãozinha o que pega; cuidado pezinho onde pisa. O salvador do céu está olhando pra você”.

Pode ser "só" mais um cântico para crianças, mas, cuidado, com Deus não se brinca.


14 de jan. de 2016

Você será lembrado?

Samua, Safate, Jigeal, Palti, Gadiel, Gadi, Amiel, Setur, Nabi e Geuel. Não, estes não são nomes de uma lista de possíveis nomes para você escolher para o seu filho que vai nascer. Se você quiser pode colocar um desses nomes no seu filho, mas acho que ele não vai gostar. Todos estes nomes estão na Bíblia. Você sabe quem são? O que eles fizeram?


Se você não se lembrou, nem sabe quem são, não fique triste. Quando me perguntaram também não tive outra resposta que não fosse um “não”. Mas é verdade, eles estão na Bíblia em uma narrativa bem conhecida de todos. Nem sei mesmo se aparecem alguma outra vez além desta. Mas estão lá. Estes homens foram escolhidos para uma missão especifica no programa de Deus para seu povo e falharam feio. Zero para eles no quesito confiança no poder de Deus. Zero para eles no quesito motivação. Zero no quesito coragem. Zero no quesito visão. Na soma total eles são zero. Nota zero para eles.


Além de tudo ainda espalharam medo para o povo de Deus. Sua incapacidade de ver com os olhos da fé contaminou toda a nação, que se revolta contra Moisés. Todo o povo que já que vira maravilhosos milagres divinos, por causa desses medrosos falaram horrores desse mesmo Deus. Eles imprensam Moisés e Arão contra a parede e falam: "Seria melhor se tivéssemos morrido no Egito ou mesmo neste deserto! Por que será que o Senhor Deus nos trouxe para esta terra? Nós vamos ser mortos na guerra, e as nossas mulheres e os nossos filhos vão ser presos. Seria bem melhor voltarmos para o Egito!" (Nm 14:2-3).


Agora você já sabe de quem são os nomes acima? Isto mesmo, faziam parte do grupo com Josué e Calebe. Estes dois você conhece muito bem. Eles foram e viram as mesmas coisas que os outros. O registro bíblico diz que "Quando chegaram ao vale de Escol, cortaram um ramo do qual pendia um único cacho de uvas. Dois deles carregaram o cacho pendurado numa vara. Eles pegaram também romãs e figos" (Nm 13:23). Você pode imaginar isso? Que terra maravilhosa Deus tinha preparado para eles.


Quando voltam seu relatório inicial até é bem interessante: "Nós fomos até a terra onde você nos enviou. De fato, ela é boa e rica, como se pode ver por estas frutas" (Nm 13:27). Até aqui era bem animador o relatório. Uma terra boa para plantar. Trouxeram os bons frutos como prova daquilo que viram. "Mas...", assim começa o versículo seguinte. Eles incluem um “mas”, uma simples conjunção coordenativa adversativa, e o relatório muda completamente. Falam de homens fortes, de muralhas e de gigantes. Pronto, foi o suficiente para amedrontar aquele povo.


Uma voz surge no meio do burburinho dos murmuradores. Uma voz de confiança. Ainda assim o povo reclama. querem mudar a liderança. Eles não confiavam neles mesmos, muito menos em Deus. Parece que sofreram um ataque coletivo de amnésia que os faz esquecer o Deus que os livrou de tantos outros males.


Isso causa uma irritação tão grande em Calebe e Josué que eles "rasgaram suas roupas em sinal de tristeza" ( Nm 14:7). Eles ficam revoltados com a atitude do povo. Parece que só eles se lembravam do Deus a quem serviam. Daquele que já os livrara de grandes dificuldades até chegarem ali, "a dois passos do paraíso". A terra prometida estava ali bem pertinho. A fala deles é de motivação: "Não sejam rebeldes contra o Senhor e não tenham medo do povo daquela terra. Nós os venceremos com facilidade. O Senhor está com a gente e derrotou os deuses que os protegiam. Portanto, não tenham medo" (Nm 14:9).


Eram dois contra dez. A quem você escolheria acompanhar? Dois visionários, corajosos, cheios de fé, tementes a Deus, ou aos que foram práticos, medrosos, sem fé e desobedientes? O povo escolheu acreditar na maioria. Não conheciam Nelson Rodrigues que disse:  "Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar."


O resultado foi terrível. Os desobedientes foram mortos ali mesmo, na frente de todo o povo. E como castigo, aquele povo rebelde, que estava próximo à terra prometida, teve que rodar ainda outros quarenta anos, e nenhum daqueles que estavam ali, entraram na terra prometida, exceto Calebe e Josué. Eles não só entraram na terra prometida, que era o que esperavam, mas ficaram marcados na história da humanidade pela coragem, pela fé no Deus que amavam.


Quais são as oportunidades que Deus tem te dado para deixar uma marca na humanidade? Ou mesmo em alguém muito próximo? Você tem aproveitado, mesmo que elas sejam muito difíceis, ou tem fugido com medo das consequências ruins que elas parecem ter? Como você será lembrado num futuro distante? Você será lembrado?


Como Calebe e Josué, seja uma pessoa ousada, corajosa, visionária. Creia que as oportunidades que Deus lhe dá devem ser agarradas com fé naquele que te disse: "Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar" (Js 1:9). Creia que Deus lhe dará todas as condições para conquistar sua "terra prometida". Creia que na hora certa ele te capacitará ou usará a sua capacidade, seus talentos e dons, para a conquista. Não fique vagando pelo deserto em busca de nada. Creia nas promessas de Deus e vá a luta. Ele prometeu que estaria com você sempre. Então, vá. Por você e com ele para a conquista de tudo que ele quer lhe der. Esteja disponível, creia e seja obediente, e o mundo será muito pequeno para você.


Como Josué e Calebe, deixe sua marca na história, ou na vida de alguém.