Que bom que você veio!!


Que bom que você veio!!
Quero escrever textos que nos ajudem a entender um pouco mais daquilo que Deus tem para nós, para falarmos uma mesma linguagem. Não tenho o objetivo de ser profundo, nem teológico, nem filosófico, nada disso. Quero dizer coisas simples que pululam em minha mente, sempre atento para não contradizer em nada a minha fé, ou o que creio ser a vontade de Deus.
No mês de Agosto/12 há um texto que explica o significado e o porquê do nome Xibolete.

25 de mai. de 2012

Três Declarações de Amor


No Dia das Mães, minha filha Isabelle escreveu esta mensagem para Ana, sua mãe: “Parabéns não só a melhor mãe do mundo, como a mulher mais incrível, o melhor exemplo de vida e a minha heroína em todos os momentos. Obrigado por ter me tido mesmo com o mundo dizendo o contrário. Te amo mulher!”. Confesso que fiquei muito orgulhoso e até me emocionei. Mas, na verdade, se você pegar esta mulher descrita por Isabelle, juntar com a mulher virtuosa de Provérbios 31 e mais algumas mulheres fantásticas da Bíblia, ou que você conheça, botar num liquidificador e bater bem, sairá algo parecido com a mulher, esposa e mãe que Ana realmente é.

Não fique com inveja, pois é pecado. Mas é verdade. Não sei nem mesmo como explicar isso. Tenho certeza que ela não é perfeita, pois Deus não a faria perfeita quando sabia que, um dia, esta mulher seria minha esposa. E, apesar de mim, ela continua perfeita para mim. Eu me casaria com ela tantas vezes quantas fossem necessárias.

Por isso, às vezes fico pensando: O que é que Deus viu em mim para me dar um presente assim? Sou um cara esquisito, tenho consciência disso. Não sou bonito. Estou cada dia mais careca. A barriguinha teima em crescer. E, o que é pior, por mais que tente não sou o marido que eu gostaria de ser. Luto para conseguir ser apenas um pouco parecido com o que Deus poderia esperar de mim. Como assim Deus, por que este presente?

É ai que a maravilhosa graça de Deus me encanta. A graça que é um favor imerecido. Algo que é dado a alguém independente de merecimento. Já cantávamos o hino do Cantor Cristão (que saudade): “Graça! Quão maravilhosa graça! Como o firmamento, é sem fim! É maravilhosa, é tão grandiosa, tão sublime e doce para mim! É maior que a minha vida inútil, mais profunda que o imenso mar”. Algo deste tamanho não poderia ser atribuído a um homem, pois somos mesquinhos demais para dar alguma coisa sem cobranças, sem segundas intenções, ainda que veladamente, ou sem ser proposital. Mas Deus transcende toda nossa compreensão do amor. Ele vai ao extremo mandando Jesus Cristo, seu Filho Unigênito, para morrer em nosso lugar, com o propósito de nos levar de volta para ele. Esta foi a maior declaração de amor já feita por alguém. Nunca iremos compreender essa graça, pois não somos capazes de fazer igual.

Mas graças a Deus que não precisamos entender completamente essa graça. Basta-nos a sua graça para que vivamos a vida abundante que ele nos prometeu. Basta-nos aceitar, mesmo sem compreender, o seu maravilhoso amor, sua maravilhosa graça, que nos dá tudo aquilo que precisamos e, ainda mais, aquilo que não poderíamos viver sem. Ana hoje é imprescindível na minha vida. Não consigo me ver sem ela. Chego mesmo ao egoísmo de querer morrer antes dela para não passar pelo sofrimento de viver sem sua presença ao meu lado. Mas, só posso me dar a esse desatino egoístico por que um dia Deus, por seu amor por mim, pela sua graça maravilhosa, deixou-me sentir o sabor inigualável de tê-la ao meu lado.

Deus espera de cada um de nós, que olhemos uns para os outros com os seus olhos e façamos pelo outro até mesmo o que achamos que o outro não merece. Mas só conseguiremos alcançar este estágio no retorno à sua semelhança, quando nos jogarmos completamente e nos largarmos no aconchego que seus braços produzem, tal como um bebe no colo da mãe.

Vamos, mergulhe de cabeça. Todos estamos esperando um você melhor!

21 de mai. de 2012

Saia da Janela!


Tomava café da manhã quando ouvi barulho de motosserra. O que estaria acontecendo? Fui até a janela e vi que começavam a derrubar uma árvore. Fiquei observando o trabalho daqueles homens com uniformes verdes (que ironia), que matavam o verde onde bem-te-vis e sabiás passavam tempos cantando. Debruçado na janela, observando de longe aquilo que me parecia uma violência, meu pensamento divagou.

Ali estava eu, cumplice daquela derrubada, imóvel, sem tomar nenhuma atitude, por não ter coragem, por não saber o que fazer... Não importa qual o motivo, via aquilo acontecer e nada fazia.

Então, percebi que era apenas mais um capítulo do que acontece hoje. A escalada da violência só é possível porque estamos apáticos, assustados demais para corrermos o risco de lutar contra ela. Não lutar com as mesmas armas. Porém, enquanto sociedade, tomar uma posição mais realista, menos acomodada do que apenas ficarmos escondidos nas nossas janelas, achando tudo um absurdo e procurando encontrar alguém em quem botar a culpa.

A violência, como outras coisas na vida, começa com pequenos gestos que já se tornaram normais, deixaram de ser chocantes e passaram a fazer parte do nosso dia a dia. Queremos cortar a árvore da violência a partir dos seus galhos mais altos, ramificados, mas nos esquecemos de que ela deve ser coibida no desabrochar das primeiras folhas.

Quando uma criança, que nem sabe falar direito, fala um palavrão ou xinga uma outra pessoa e os pais se maravilham achando o filhinho o máximo. Quando a criança traz algo para casa e os pais não procuram saber a procedência. Quando os filhos reclamam que um coleguinha bateu nele na escola e são orientados pelos pais para revidar, se possível, com mais força. Quando encobrimos os erros de nossos filhos, quando os ensinamos a mentir, mentindo para eles, estamos apenas alimentando um procedimento que poderá nos trazer tristezas mais tarde.

Quando nossos filhos adolescentes saem de casa e não procuramos saber aonde vão, com quem vão e o que vão fazer. Quando deixamos que eles aprendam “a vida” com os amigos que também aprenderam com outros amigos, que aprenderam com outros amigos...

Quando achamos aceitável que a iniciação sexual está começando cada vez mais cedo e não orientamos nossos filhos “pois logo, logo eles estarão praticando e aprenderão por eles mesmos”, e assim estamos vendo crianças despreparadas tendo crianças que também correm o risco de não serem bem preparadas.

Tudo isso, e mais algumas atitudes parecidas com essas, vai se tornando uma bola de neve que chega a um tamanho que não podemos mais controlar. Então, sem saber o que fazer, às vezes, apelamos para a violência, e tornamos pior o que já começou errado.

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22:6), é o que ensina a Bíblia. Essa preocupação deve começar com o menino, passar pela adolescência e não parar até o fim dos dias. Assim não ficaremos debruçados na janela só assistindo tudo acontecer. Estaremos cortando mal pela raiz.

18 de mai. de 2012

A vida no camelódromo da vida.

Hoje, no ônibus que eu estava, um dos muitos vendedores ambulantes que entraram e saíram vendendo seus doces, balas, paçocas e outras delícias mais, tudo por R$ 1,00, usava uma camiseta que na frente dizia: “Um dia ela me disse: Você tem que escolher, ou eu ou a cerveja...”, na parte de trás estava escrito: ”Tenho muita saudade dela”.

Aquilo me preocupou. Como é possível alguém trocar um ser humano por uma cerveja?

“Tá” legal, eu sei que é só uma brincadeirinha! Será? Mas, na realidade, quando paramos para pensar, é exatamente isso que está acontecendo por ai.

Quanto vale uma vida?

Para alguns rapazes, os moradores de rua que atrapalhavam as vendas de um comerciante: R$ 100,00. Para outros vale um tênis de boa marca, um celular, um carro qualquer, uma bicicleta, uma moto. Coisas materiais mesmo que usadas. Para outros um pequeno momento de prazer com uma seringa na veia, uma “cafungada” numa carreirinha de cocaína, uma pedra do maldito crack (eu cresci vendo Pelé, Tostão, Gerson, Zico, Rivelino e Jairzinho - que me deu a paixão pelo Botafogo - entre outros craques), cigarros comuns e de maconha, uma bebedeira combinada com volante (EU APOIO A LEI SECA TOLERÂNCIA ZERO), e outras drogas mais. Isto para não se falar nos pedófilos, estupradores, políticos que roubam altos valores enquanto crianças estão sem o que comer, sem escolas descentes, sem atendimento adequado em hospitais ou postos de saúde (ou de morte, não sei), e outros mais.

Quanto vale uma vida? Quanto vale a sua vida?

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16).

Este é o valor de uma vida

14 de mai. de 2012

Qual a base da sua fé?


(Este texto foi escrito ha algumas semanas atrás)

Na semana passada Joel Santana, técnico do Flamengo, afirmou: “Estou indo para o nono título no Rio”. Admiro o Joel. Gosto mesmo dele. Tem o tal papo de boleiro e por isso é querido pelos jogadores. Com seu jeito de paizão, tem conseguido arrumar os times por onde passa e com isso acumulou títulos no futebol carioca.

Mas, dai a afirmar que está indo para mais um título, numa semana que tem um clássico diante de um time que tem jogado muito bem, que manteve quase a mesma equipe desde o ano passado, é exagero dele. Uma provocação boba, que talvez tenha mexido com os jogadores do Vasco. Resultado: vitória do Vasco e eliminação do Flamengo, que agora terá umas férias forçadas.

O autor da carta aos Hebreus afirma que “a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hb 11:1). Até ai Joel mandou bem. O grande problema é em que apoiamos esta fé. Joel, provavelmente, olhou para sua equipe e viu jogadores com capacidade de superar a eliminação da Copa Libertadores, e partir pra cima do Vasco com determinação e garra; ou pensou em sua capacidade de montar o time, ou de criar estratégias, e assim vencer a partida. Olhou apenas para as provisões, ou previsões, que possuía.

Quando os Gibeonitas perceberam que o povo de Deus liderado por Josué estava próximo, “usaram de astúcia: foram e se fingiram embaixadores, tomando sacos velhos sobre os seus jumentos, e odres de vinho velhos, rotos e recosidos, tendo nos seus pés sapatos velhos e remendados, e trajando roupas velhas; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento” (Js 9:4,5), enfim, montaram uma cena dramática e convenceram Josué e sua liderança de que vinham de muito longe, para fazer um acordo de paz. O texto sagrado nos diz que os israelitas acreditaram naquela cena e “não consultaram o Senhor” (Js 9:14).

Crer no que vemos não é fé. Crer nas nossas possibilidades não é suficiente. Crer nas coisas que temos em nossas mãos é ter uma esperança muito pequena. A verdadeira fé esta no ver com certeza absoluta que alguma coisa que não vemos é a mais absoluta realidade. Esta fé só pode ser fruto da confiança na realização de cada promessa de Deus, que não é visível, mas é real. A fé só tem uma base confiável, quando Deus é a base.

Os homens falham e morrem. As coisas materiais se acabam, quebram ou se perdem. Só Deus é eterno e totalmente confiável. Onde está sua fé?

12 de mai. de 2012

Em construção.


De um dia para o outro a lanchonete Habib’s do Campinho foi para o chão. Pouco a pouco outras casas, lojas comerciais e um posto de gasolina tiveram o mesmo destino. Literalmente jogadas ao chão. A paisagem mudava a todo o momento. Um dos caminhos de Tiradentes no Rio de Janeiro foi se transformando em imenso canteiro de obras. Máquinas de todos os tamanhos e tipos surgiam como se tivessem brotado ali. Trabalhadores em profusão, e confusão.

O trânsito, que já não era muito bom ali em alguns horários, agora se torna horrível o tempo todo. Alguém se esqueceu de avisar que por ali passam tubulações subterrâneas que levam água e gás para vários lugares e assim tivemos tubulações atingidas e vazamentos. Explosões, necessárias, paravam completamente o trânsito para segurança de todos.

Assim, com muito buracos, explosões, falta de água e gás, poeira, trânsito parado ou quase parado, o progresso vai chegando com toda a confusão que qualquer tipo de mudança provoca. Hoje já podemos ver uma boa parte da obra da Transcarioca que está sendo realizada nos bairros de Madureira e Campinho. Em alguns anos não mais iremos nos lembrar de tanta confusão, mas iremos transitar com a velocidade que os nossos dias requerem, e nossa vida vai se tornar melhor. É isso que esperamos.

É muito bom pensar que Deus tem grande desejo de fazer o mesmo conosco. Estamos muito distantes da sua imagem e semelhança. Dentro de nós existem os nossos “restaurantes” que alimentam nossa vontade de sermos donos de nossa própria vida. As “casas” onde abrigamos egoísmo, inveja, maledicência, traições, ganâncias e tantos outros pecados. Nossos “postos de gasolina” que abastecem nossos desejos e nos dão disposição para continuarmos fazendo tudo que queremos, independente das consequências que sofreremos. Mas, quando permitimos a ação completa de Deus, nos entregamos totalmente em suas mãos, sua ação transformadora nos torna pessoas completamente diferente daquela fomos. Surge em nós uma nova vida.

Este é o ensino de Paulo quando diz que “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co 5:17). É isso que Deus faz em nós: tudo novo. Ele nos limpa das nossas manias e desejos que quase sempre nos levam ao sofrimento, e renova nossa mente. Nossa visão da vida se torna diferente. Nossa visão do outro é amorosa. Passamos a nos amar, nos valorizar e com isso olhamos para os outros como alguém por quem Cristo morreu.

Não é uma tarefa tão simples. Somos duros na queda e, às vezes, atrapalhamos a obra que Deus quer realizar em nós. Estamos em constante construção, pois, só estaremos “terminados” ao atingirmos a glorificação. Até lá, há muito trabalho a ser realizado. Deve haver uma busca constante da vontade de Deus para nossa vida. É uma busca diária, intensa, perseverante, pois sempre haverá alguém querendo impedir que esta obra seja realizada. O Diabo sempre tentará atrapalhar.

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Co 15:58).

5 de mai. de 2012

Ainda dá tempo.

Creio realmente que fui feito conforme a imagem e semelhança de Deus, como me informa a Bíblia. Pode parecer infantil, piegas, ou seja lá como você julgue meu modo de pensar, mas, não consigo crer que de um nada, que do nada resolveu se expandir,  surgiu esse tudo que hoje posso ver. Sinceramente tenho grande dificuldade em crer no Big Bang.

E por crer que somos imagem e semelhança de Deus, algumas imagens me chocam muito como, por exemplo, a que acabei de ver: uma pessoa atropelada, colocada numa calçada, coberta com um saco preto, apenas os pés aparecendo. É muito triste essa imagem. Mais triste ainda por saber que ali está uma pessoa criada à imagem e semelhança de Deus, que tem um valor incrível. Alguém por quem Jesus Cristo foi ao extremo de dar sua própria vida, para mostrar o valor real.

O final da narrativa bíblica da criação informa que “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1:31). Quase posso ver os olhos dele contemplando tudo que acabara de criar, sua imensa alegria, quase um êxtase de contentamento, a respiração acelerada pela emoção que aquilo tudo lhe causava, aquela expressão meio que “Cara, eu arrebentei! É lindo de mais!!!” Como deve ter sido prazeroso para ele.

Quando vejo uma cena como a de hoje, ou uma pessoa caída nas calçadas de tanto beber, ou pessoas dormindo nas ruas e praças da cidade, se drogando, prostituindo, matando umas as outras, roubando, cadeias com excesso de lotação, maus tratos dos pais aos filhos, dos filhos aos pais já velhinhos e tantas outras imagens que desvalorizam ou degradam o ser humano, me dá uma tristeza muito grande por imaginar que o próprio Deus, também, fica muito triste. Pior é perceber que isso se tornou tão natural que as pessoas já nem sentem mais. É só mais um acontecimento, mais uma notícia. Mais um número numa estatística qualquer. É só mais um.

Enquanto isso, fazemos protestos para proteger as baleias, proteger as árvores, proteger o meio ambiente, proteger nossos salários, nossas cadernetas de poupança. Quando somos afetados clamamos por justiça. Temos cooperado para que o sentido de justiça tenha uma direção única: a nossa.

Como mudar esta situação? Creio que a educação a partir dos nossos filhos é um bom começo. A Bíblia nos manda instruir “o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22:6). O processo será longo, mas é viável.

Mas, para que aconteça, precisamos tomar a atitude de sermos exemplo, para ensinar através da prática diária. Tiago alerta que “aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4:17). Então, vamos começar? Uma andorinha talvez não faça um verão, mas um bom exemplo dentro de casa pode provocar uma mudança incrível, que não imaginamos.

O mundo pode ser melhor. Eu creio nisso. Mas, depende de nossa tomada de atitude. Não dá para ficar satisfeito com tudo isso. E o que é melhor: Deus quer que seja diferente. Ele quer que façamos isto.

Ainda dá tempo. E ai, vai ficar parado?

1 de mai. de 2012

Joel Santana tem razão!


Na página inicial do UOL, nesta sexta-feira 13, havia uma chamada que dizia: “Joel pede explicação aos deuses após eliminação do Fla na Libertadores”. Na reportagem, ele diz não saber o que aconteceu e que “só os deuses do futebol podem explicar”. Eu pensei: Será que ele reuniu o grupo no vestiário após o jogo para pedir estas explicações? Parece que alguns deles realmente se acham deuses, ou a torcida, ou a mídia, ou ambas os fazem pensar assim.

Sorte do Emelec? Azar do Fla? É sempre bem mais fácil achar que outras pessoas, ou deuses, armaram para as coisas darem erradas conosco. Isso é antigo. Adão patenteou essa prática de jogar a culpa em todos e tudo por nossas lambanças. E nós continuamos apontando o dedo para todos os lados quando as coisas dão erradas.

Os meninos de rua roubam, porque estão com fome, não têm acesso a educação, etc. A culpa é do Prefeito, do Governador, do Presidente, de todo mundo.

O sem vergonha trai a esposa. É culpa dela que não o trata com carinho, não lhe dá a atenção que ele quer, não faz a comida do jeito que a mãe dele fazia, não engraxa seus sapatos. Não faltam defeitos na esposa para justificar a traição.

O time não se classifica. Foram ou “deuses” do futebol. Foi o “soprador de apito” que roubou.

Somos muito criativos para encontrar desculpas para nossas falhas. É sempre muito difícil olhar para nós mesmos e procurar o que foi que fizemos, ou deixamos de fazer, para que tal situação acontecesse. Afinal, somos infalíveis, somos perfeitos, fazemos tudo certinho. Somos tão caras de pau que até culpamos Deus por coisas que nos aconteceram, quando na realidade, nós criamos a oportunidade.

Nós desmatamos, entupimos os rios com lixo, construímos casas nas encostas, fazemos testes nucleares, criamos e utilizamos veículos que poluem o ar que respiramos, comemos ou bebemos exageradamente coisas que não são saudáveis, preparamos todo um cenário para nossa própria destruição, e quando acontecem catástrofes perguntamos: Por que Deus faz isso?

A Bíblia registra uma advertência de Moisés, sobre o risco de não fazer a vontade de Deus: “estejam certos de que o vosso pecado vos há de atingir” (Nm 32:23). É a ordem natural das coisas, nossas escolhas sempre trazem consequências. O profeta Samuel avisa: “Se vocês temerem, servirem e obedecerem ao Senhor, e não se rebelarem contra suas ordens, e ...  seguirem o Senhor, o seu Deus, tudo lhes irá bem”! (I Sm 12:14). É simples assim.

Joel Santana tem razão! Os “deuses” do Flamengo, por seu comportamento no dia a dia, e nos jogos horrorosos anteriores, devem ter muito que explicar.

E nós, quais explicações teremos para Deus?

É viscoso, mas é gostoso.


Eu amo desenho animado!!!! E hoje estava assistindo “O Rei Leão” mais uma vez, e chamou-me a atenção o momento em que Pumba e Timão oferecem comida para o pequeno Simba que fugia da sua manada. Querendo ficar com ele, mas preocupados por que faziam parte da dieta alimentar do pequeno rei, oferecem algumas “deliciosas” iguarias como lesmas, formigas, e outros bichinhos encontrados em um tronco velho. Sua intenção era mudar os hábitos alimentares do temível rei da selva enquanto filhote para, mais tarde, não se tornarem prato principal. O pequeno Simba engole uma lesma e repete a frase de Pumba: “É viscoso, mas é gostoso”.

É mais ou menos assim a vida da gente. Em momentos de fome de aceitação, de aprovação, de fazer parte do grupo, engolimos algumas coisas que não nos agradam, ou nos fazem tomar atitudes contrárias a nossa normalidade. Sabemos que estamos fugindo do padrão que sonhamos para nós ou que nos ensinaram mas, para sermos politicamente corretos, engolimos e sorrimos.

O pecado também é gostoso, mesmo que viscoso. Quando tomamos uma atitude que sabemos não agradar a Deus, em principio aquilo parece meio viscoso, mas logo se torna gostoso e, se não tomarmos cuidado, se transforma em hábito. O prazer do pecado é quase sempre imediato e, quase sempre, muito gostoso. Se não fosse assim evitaríamos pecar com mais frequência. Quem é que, em sã consciência, faria uma coisa se soubesse que não traria prazer, mas sim dores ou sérias consequências imediatamente. Somos imediatistas e o galardão divino é futurista. Ainda que saibamos que hoje já podemos viver as delicias que ele nos promete, sempre nos lembramos de que sua maior promessa é para o futuro.

O Diabo nos oferece prazer imediato, ainda que aquilo vá nos consumir depois, mas o sabor dado naquele momento, mesmo viscoso, é muito gostoso. Por isso é muito melhor pecar, pois, como somos imediatistas, não vislumbramos as consequências futuras daquelas delicias gosmentas que nos são oferecidas e nos lambuzamos todo.

Quem se importa com futuro? Quando será o futuro?

No desenho animado, uma sequencia de cenas rápidas mostram  Simba se transformando em um imponente rei, mas seus hábitos já são diferentes. Ele convive tranquilamente com seus inferiores na cadeia alimentar.

Assim somos nós, uma “lesminha” aqui, uma “baratinha” ali, e nossas atitudes vão nos transformando em desgosto para Deus, nosso criador. Bem longe do seu projeto.

Paulo em sua carta aos Romanos adverte: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformai-vos pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (12:2 NVI)

Eu me importo com o futuro e, por mais que demore, prefiro esperar pelas delicias futuras que me são prometidas por Deus.

Vai uma lesminha ai?