Que bom que você veio!!


Que bom que você veio!!
Quero escrever textos que nos ajudem a entender um pouco mais daquilo que Deus tem para nós, para falarmos uma mesma linguagem. Não tenho o objetivo de ser profundo, nem teológico, nem filosófico, nada disso. Quero dizer coisas simples que pululam em minha mente, sempre atento para não contradizer em nada a minha fé, ou o que creio ser a vontade de Deus.
No mês de Agosto/12 há um texto que explica o significado e o porquê do nome Xibolete.

29 de mar. de 2013

Resiliência


Não sei se isso é normal, mas algumas palavras me atraem de maneira mais forte que outras. Uma delas é esta: resiliência. Não sei por que, mas o som dela me faz bem e dá a impressão de que se trata de uma coisa boa. Talvez eu não seja muito normal, mas sou assim. Eu gosto de pensar nas palavras.

Resiliência talvez tenha como melhor explicação o que acontece com a mola ou o elástico, que depois de sofrer a pressão volta ao estado anterior.

Três pessoas em especial me chamam a atenção quanto à resiliência: Isaque, Paulo e, logicamente, Jesus Cristo.

Fico tentando entender o que se passava na cabeça de Isaque enquanto caminhava para o sacrifício (Gn 22: 1 a 14). Fico tentando entender o que se passou em sua cabeça no momento em que viu que ele seria o sacrifício. Ele não era mais um bebê. Poderia ter corrido, imaginando que seu velho pai estava enlouquecendo, e ir contar para sua mãe a loucura que o seu pai estivera próximo de fazer. Mas em lugar algum encontramos registro de qualquer atitude de resistência de Isaque. Provavelmente a convivência com seu pai durante vários anos já fora suficiente para Isaque aprender sobre fé, mas ir como um cordeirinho para o matadouro é algo que merece respeito.

O tal espinho na carne do apóstolo Paulo é algo que tem provocado a imaginação de muita gente (II Co 12:7 a 10). O que seria que esse homem tão corajoso e tão forte diante de tantos outros sofrimentos passados sem nenhuma reclamação, poderia ter que o incomodasse tanto e que o faz pedir por três vezes a Deus, em oração, que lhe fosse retirado? Nem mesmo a sogra, como dizem alguns engraçadinhos, poderia dar tanto desespero a esse homem. Mas Deus lhe nega essa bênção, e diz simplesmente: “a minha graça te basta” (II Co 12:9). E Paulo continua seu trabalho se fortalecendo ainda mais.

Eu, que tenho medo das finas agulhas de injeção, sofro só de pensar nas dores que Cristo passou com aqueles pregos entrando em sua carne para prendê-lo naquela cruz. Como deve ter sido ruim para ele ser julgado por aqueles governantes sem nenhuma moral diante dele; ver toda aquela gente por quem ele fez tanto, e iria fazer muito mais, tratando-o daquela forma; ver seus discípulos abandonando-o. O sofrimento por saber o que o esperava era tanto que, “o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até o chão” (Lc 22:44), mas ele continua firme com o propósito que havia sido estabelecido pelo Pai. Sofreu todas estas dores para nos dar a chance de nos livrarmos das dores do inferno.

Creio que nenhum de nós iria criticá-los por reclamar muito de Deus e até mesmo abandoná-lo. Por muito menos, provavelmente, muitos de nós teríamos fugido.

Isaque poderia ter pensado: Que Deus é esse que leva meu pai a tomar a decisão de matar-me sobre o altar? Que pai é esse que concorda com isso? Com tantos animais que poderiam ser sacrificados lá nos pastos, porque justamente eu?

Paulo poderia ter argumentado: Porque, apesar de tantos sacrifícios já feitos em sua obra, Deus não me livra deste espinho na carne que me faz sofrer tanto? Será que tudo que tenho passado ainda é pouco?

Quanto a Jesus, o que o levou a aceitar pacificamente todo aquele sofrimento? Ele sabia muito bem o que iria enfrentar, pois havia planejado cada passo com o Pai. Em um momento ele chega a argumentar sobre uma mudança nos planos, mas deixa claro para o Pai que “todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22:42).

De acordo com a Wikipédia “a resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Job, que estudou a resiliência em organizações, argumenta que a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades”.

Para outros autores, embora resiliência seja algo muito pessoal, quando o resiliente recebe apoio externo, de outro individuo, sua capacidade de suportar é bem maior. A Wikipédia diz ainda que Job acredita que, com o fator otimismo, ocorre na resiliência a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos".

Os três personagens bíblicos que me fizeram pensar na resiliência mostram bem essas características. Eles sabiam que havia um fator externo, Deus. Então tomaram a decisão de enfrentar todas as adversidades, pois sabiam que estavam no controle de seus destinos, enquanto resilientes à vontade de Deus, mesmo que a decisão sobre seus destinos não mais estivessem sob sua guarda, mas sim nas mãos de Deus.

É confuso e parece contraditório, mas é exatamente isso que Deus espera daqueles que são seus servos. Carlos Drumond de Andrade escreveu: "A dor é inevitável. O sofrimento, opcional". Deus espera que eu e você optemos pelo sofrimento para cumprir sua vontade em nossa vida, se for preciso, pois ele providenciará todos os fatores necessários para que possamos enfrentar e superar todas as adversidades, na certeza de que Ele, Deus, tem em suas mãos o poder de decisão sobre o nosso destino.

20 de mar. de 2013

Confiar é perigoso?


Acordo de madrugada com mais uma crise renal e chamo a Ana:
- Amor, em casa tem Buscopan?
- Não sei, vou ver.
Um tempinho depois de revirar a gaveta de remédios ela volta:
-Não tem Buscopan, mas toma esse que também é para dor. É em gotas.
Eu pego o vidro e viro na direção da boca para que caiam as gostas, mas cai uma quantidade enorme de remédio. Não tinha conta-gotas, era uma boca larga. Passa uns minutos e a dor continua. Ela vem com outro vidro, agora de Alivium, e pinga umas gotas na minha boca.
Finalmente durmo.

Quando acordei de manhã, sem dor, fui ver que remédio gostosinho era aquele que ela me dera, e a primeira coisa que vi foi: “Com flúor”. 
Pensei:
- Que remédio para dor tem flúor?
Então li o restante: "Solução Bucal – amostra grátis". 

Confiar em alguém que acaba de acordar, de madrugada, pode ser perigoso.

Mas continuo confiando cegamente nesta mulher maravilhosa que Deus me deu. Já disse em outro texto que ela me ensina muito, e esta é só mais uma lição. João, o discípulo amado, quando fala de amor diz o seguinte: “No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo” (IJo 4:18). E assim é. Não tenho o menor medo, pois sei que ela nunca vai me fazer qualquer coisa por maldade.

Se você parar para pensar vai ver que confia em coisas e pessoas sem a menor preocupação:

  • Quando você entra em casa depois de um longo e pesado dia de trabalho, toma um banho e cai na cama, e nem se preocupa se ela vai quebrar com você ou não. 
  • Quando você pega um avião procura o piloto e pede a ele algum tipo de documento que prove que ele realmente sabe pilotar para te levar com segurança até o seu destino? Você nem pensa nisso. Entra, senta, aperta o cinto e viaja tranquilo. 
  • Quando vai a um médico pede para ver o diploma dele, carga horária na faculdade, como foram suas notas? Com certeza não. Você sai de lá com uma lista de remédios, compra todos ele e toma-os tranquilamente. 
  • Quando você vai ao Pão de Açúcar, confia que a manutenção tem sido feita corretamente e sobe feliz da vida, apreciando a maravilhosa vista do Rio de Janeiro, ou fica lá embaixo olhando de longe, com medo do bondinho cair?

Estou errado? Creio que não. Então porque será tão difícil confiar em Deus da mesma forma? Jogar-se nos braços dele sem preocupação como um bebê nos braços da mãe. Será falta de amor? Será falta de compreensão? Falta de intimidade? Tudo isso junto e outras coisas?

Por todo o texto sagrado vemos Deus fazendo promessas e cumprindo cada uma delas. Ainda temos visto em nossos dias promessas sendo cumpridas na vida de muitos fiéis. Deus não mudou. Ele continua o mesmo.

O confiar vai muito além das nossas possibilidades, pois enquanto houver chances de nós fazermos alguma coisa, nós teremos que fazer. Além deste ponto, quando foge das nossas mãos, quando tudo já parece perdido, entra o desafio de confiar cegamente como aconteceu com Marta, que mesmo vendo Lázaro, seu irmão, morto e enterrado, confiou que nem tudo estava acabado e disse: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires” (Jo 11:21,22). Aqui está o grande “pulo do gato”.

Marta fazia parte de uma família onde Jesus estava presente. Havia um relacionamento de profundidade entre aqueles irmãos e Jesus. Havia a certeza de que ele não era apenas mais um profeta, mas sim o próprio filho de Deus. Ele era o próprio Deus presente. E Marta deixa claro que confiava nele. Ela tem certeza que mesmo depois de tudo ter acabado para eles e a situação parecer irremediavelmente sem solução, ainda assim ela confia que Deus pode mudar tudo. Ela confia radicalmente nele.

Continuo confiando na minha esposa, e vou tomar todos os remédios que ela me der sem ver antes o que é. E continuarei confiando em Deus radicalmente, pois creio que quando tudo parece sem solução ele É a solução. Davi nos ensina: “Confie no Senhor e faça o bem; assim você habitará na terra e desfrutará segurança. Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá” (Sl 37:3 e 5).

Esta confiança é a que Deus espera de nós. É assim que você confia nele? Você está disposto a confiar assim em Deus?

Confiar em Deus não é perigoso. É seguro. É prazeroso. É o melhor que se pode fazer.

10 de mar. de 2013

Prioridade


Na penúltima viagem que fiz de avião, ao chegar para o check-in, uma funcionária da companhia aérea perguntou-me qual era meu voo, e ao informa-la, me encaminhou para uma fila com apenas duas pessoas. Quando me aproximei vi a placa que dizia: “Prioridade”. Pensei seriamente em reclamar com ela, afinal, com meus 53 anos não aparento ser tão velho assim. Ao ver o tamanho da outra fila gostei bem da ideia e fiquei ali mesmo. No meu último voo a fila estava maior, mas ninguém me mandou para a fila de prioridade. Acho que vou ter uma crise de identidade. Afinal, tenho ou não tenho prioridade. Algum psicólogo de plantão ai?

Prioridade é algo que tem a ver com preferencia; direito de passar à frente dos outros; qualidade do que está em primeiro lugar, segundo os dicionários. Significa eleger o que vem em primeiro lugar, ou seja, o que mais importa para nós.

Na decisão da Copa Libertadores um corintiano disse que perderia o emprego, mas não deixaria de ver o jogo do Timão. Era a prioridade dele. Para muitos, prioridade hoje é conseguir passar no vestibular e fazer uma faculdade. Para outros é o bem estar da família e, por isso, se matam de tanto trabalhar quase não tendo tempo a família. Para alguns a compra de um carro novo, com todos os acessórios possíveis. Para muitos, ainda, o conseguir alguma coisa para comer e não morrer de fome, ou quem sabe água, para não morrer de sede.

Todos nós elegemos nossas prioridades e por elas lutamos muito. Os nossos sonhos, nossos desejos têm tomado nosso tempo de maneira cruel. Vivemos quase sempre em função de conseguirmos conquista-los e, então, percebemos que eles já não são tão prioridades assim. Imediatamente, novos sonhos e desejos tomam seus lugares, nos levando de volta na roda da vida tresloucada em busca deles. Somos insaciáveis na busca de nossos sonhos e desejos.

Infelizmente não somos assim quando se trata de Deus.

Todas essas prioridades acima e outras são compreensíveis e necessárias. Realmente precisamos delas. Talvez pudéssemos classifica-las de prioridades secundárias, se é possível. Mas não tenho dúvida alguma que Deus deve ser a prioridade prioritária para nossa vida. O que seriamos sem ele?

No Sermão do Monte Jesus Cristo já deixa o alerta: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33). Ele avisa que “todas as coisas” são menos importantes do que o Reino de Deus, e que elas poderiam ser apenas consequências da prioridade prioritária dada a Deus.

O profeta Ageu narra uma situação que nos mostra o quanto isso é essencial em nossa vida. O povo tinha saído do cativeiro da Babilônia, e estava se esmerando na construção das suas casas enquanto o templo do Senhor continuava destruído. Deus então manda o alerta através de Ageu: “Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa continua destruída?” (Ag 1:4). Depois o Senhor mostra ao povo tudo que estava acontecendo como consequência da falta de prioridade a Ele. Então os governantes e todo o povo atendem a convocação para a reconstrução do templo. Quando lançam a pedra fundamental, Deus promete: “Desde este dia hei de vos abençoar” (Ag 2:4).

É importantíssimo estabelecer prioridade para nossos desejos, sonhos, para o nosso dia a dia, mas é essencial, vital, colocar Deus acima de tudo isso. Deus deve ser a nossa prioridade prioritária primordial. Sem exagero.

1 de mar. de 2013

Apelidos


Durante uns seis anos eu prestei serviços no Projac, no Rio de Janeiro. Lembro-me de um dia quando me pediram para ir buscar o Genivaldo. Fui para o endereço fornecido, mas não conseguia encontrar a casa. Parei em um bar onde havia alguns homens e perguntei se algum deles sabia onde ele morava. Eles olharam uns para os outros com caras de interrogação até que um falou: “Olha, eu moro aqui há muitos anos e não conheço nenhum Genivaldo nesta rua. Tem certeza que é este o nome, ou que é nesta rua mesmo?”.

O que parecia tão fácil começara a ficar enrolado. Confirmei o nome da rua, era aquela mesma.

“Como é esse cara? O que ele faz?” perguntou alguém. Eu disse que ele não tinha uma das pernas e,... Mal acabei minha frase e ouvi um coro de vozes falando ao mesmo tempo: “É o Saci!”. Eu disse que era e apontaram a casa em frente ao bar. Eu estava na porta do Genivaldo, só que o Genivaldo agora era o Saci. Ele era o dublê do Saci no Sitio do Pica-Pau Amarelo, produção que eu trabalhava.

Isto é uma coisa que acontece com muita gente. Alguma coisa se torna uma marca tão evidente em suas vidas que elas passam a ser conhecidas mais por aquilo do que por seu próprio nome. Pode ser uma marca, uma cicatriz, um cacoete, ou sei lá o que, fica tão evidente que se torna uma forma de identificar. Você com certeza conhece alguém que é o “gordo”, ou “dentuço”, ou “orelha”, ou “pato rouco”. Conheci um cara que era chamado de “mentirinha”, por causa das suas pernas curtinhas. Em minha família, os quatro filhos mais velhos não tivemos apelidos; as mais novas, gêmeas, chamamos uma de “Dinha” e a outra de “Preta”. Quando alguém usa o nome delas fico pensando: “Quem será?”.

A Bíblia fala de um apelido bem antigo que acabou virando uma marca agradável, que eu e você com certeza teríamos muita alegria de ser chamado por ele.

Após morte de Estevão os seguidores de Cristo espalharam-se por vários lugares fugindo da grande perseguição que se levantava. Os que foram para Antioquia começaram a pregar o evangelho para todos e testemunhavam de Cristo aonde iam e, com isso, um grande movimento de pessoas em direção ao evangelho aconteceu. Quando a igreja que estava em Jerusalém soube disso enviou Barnabé para ver o que estava acontecendo. “Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo coração” (At 11:23).

Aqueles seguidores de Cristo viviam de maneira que a graça de Deus era palpável, visível. Isso encantou Barnabé. Suas vidas levavam o povo a ver a vida de Cristo. Eles olhavam para aquelas pessoas e percebiam nelas uma identificação clara com a vida e os ensinamentos de Cristo. Não eram apenas papagaios repetindo o que o pastor falava, ou contando vitórias dos outros, mas eram pessoas que viviam o que pregavam e pregavam aquilo que viviam. Havia coerência entre vida e fala.

Mas quem era esse Cristo? Alguém que havia acabado de morrer de forma tão trágica e vexatória. Morrera como um grande inimigo público. Essa era a visão daqueles que não seguiam a Cristo, e, penso eu, por isso procuraram um meio de zombar daqueles loucos que seguiam os ensinos daquele perdedor. E o melhor que puderam fazer foi chama-los de “cristãos”, conforme registrado por Lucas: “Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados de cristãos” (At 11:26). Pronto, estavam alcunhados. Estavam marcados para sofrerem zombaria. Era o bullying da moda.

Mas ninguém reclamou. Muito pelo contrário. Para aquelas pessoas, os seguidores de Cristo, era um prazer serem chamados de cristãos. Isso demonstrava que suas atitudes estavam corretas e que eles poderiam continuar vivendo assim. Seu desejo de parecer com Cristo era autenticado em cada grito de “CRISTÃO!!!!”, que eles ouviam. Aquilo soava como uma doce e prazerosa canção aos seus ouvidos. O apelido virou elogio. Suas vidas refletiam Cristo, e isso era tudo que eles queriam que os outros percebessem. Havia uma marca cravada em suas vidas que os tornaram diferentes e por isso seus nomes mudaram. Agora os Barnabés, os Estevãos, os Paulos, os Lucas, os Pedros, tinham outro nome pelo qual eram conhecidos: CRISTÃO. Isso era maravilhoso.

Este apelido atravessou os séculos e ainda hoje ele é usado.

Para muitos ainda é uma forma jocosa de indicar alguém. Talvez mais do que naquela época, os cristãos hoje sejam mais motivos de zombaria, pois em plena era moderna só mesmo um “bando de ignorantes” para acreditar em tais coisas.

Para outros, ser chamado de cristão é uma afronta para o significado da palavra. Eles vivem enfiados nas igrejas em busca de proteção para suas vidas medíocres, e imitam os cristãos e até enganam muita gente. A Deus não.

Para outros continua sendo um elogio. Por mais que eles acreditem que não mereçam ser chamados de cristãos, se isso acontece, é porque, talvez, apenas uma pontinha bem pequena da sua vida já esteja refletindo aquilo que Cristo quer. Então ele se alegra por saber que seu esforço tem valido a pena, e isso serve de motivação para continuar sua entrega total, para que a cada dia Cristo o transforme mais e mais na imagem e semelhança perdida por causa do pecado.

Alguma coisa, sem dúvida, sobressai em você e isso diz o que você é, ou se tornou. Se você estivesse em Antioquia, sua vida contribuiria para que o nome de cristão aparecesse? Será que lhe dariam esse apelido?