Que bom que você veio!!


Que bom que você veio!!
Quero escrever textos que nos ajudem a entender um pouco mais daquilo que Deus tem para nós, para falarmos uma mesma linguagem. Não tenho o objetivo de ser profundo, nem teológico, nem filosófico, nada disso. Quero dizer coisas simples que pululam em minha mente, sempre atento para não contradizer em nada a minha fé, ou o que creio ser a vontade de Deus.
No mês de Agosto/12 há um texto que explica o significado e o porquê do nome Xibolete.

10 de abr. de 2013

Vida de crente.


Pensando bem, a vida de crente parece ser um negócio muito chato. Sem graça. O crente não pode fazer nada, ir a lugar algum, beber nada, enfim, o crente só pode ir à igreja. Venha comigo.

Segunda-feira.
O crente - Depois de ter ido dormir a meia-noite, pois o culto de domingo acabou tarde, tem que acordar cedo para ir trabalhar. Ao final do dia, alguns vão estudar, outros para os pequenos grupos, células, casados-para-sempre, ou seja lá o que for que a sua igreja faz. Muitos vão para suas casas e ficam com a família.

O não crente - Alguns, às seis horas da manhã ainda estão saindo da balada e muitos vão direto para o trabalho. Não sei como aguentam, mas vão. Os que não passaram a noite toda na balada também acordam cedo para trabalhar. À noite, ou vão estudar ou vão tomar uma geladinha rever os amigos que não viam desde a noite anterior.

Terça-feira.
Os dois grupos trabalham normalmente. A diferença é que aqueles que passaram a noite anterior na balada, esta noite dormirão mais cedo. No final da noite, às vezes, os dois grupos vão passear com a família no shopping.

Quarta-feira.
O crente – A noite vai á igreja para o culto de oração. Era assim que se chamava antigamente. Hoje as igrejas estão inventando nomes mais criativos para ver se atraem os fiéis.

O não crente – A noite vai sofrer com seu time de coração na TV ou no estádio, para o cinema ou continuam sua vida de bar em bar.

Quinta-feira.

É mais um dia normal para os dois grupos. Trabalho, estudos, etc.

Sexta-feira.

O crente - É mais um dia de rotina. Para alguns, as vezes, muda um pouco. Tem uma atividade qualquer na igreja, e lá vai ele.

O não crente - Tem seu dia normal de trabalho. Ou quase normal, pois, nesse dia, ele já vai trabalhar com uma roupa que dá para ir direto para a balada. Ele passa o dia contando as horas para o fim do expediente e, a cada minuto, revendo sua agenda para a noite. Liga várias vezes para a galera confirmando onde vai rolar uma parada legal. Sai do trabalho como se o dia estivesse começando e vai todo animado encontrar a galera, com quem vai ficar até de madrugada, ou a noite toda, bebendo, dançando, fumando, pegando todas ou todos, sem um pingo de cansaço, afinal, a noite é uma criança.

Sábado

O crente - Acorda um pouco mais tarde, afinal, a semana toda ele acordou cedo e hoje é o seu dia de descansar um pouco mais. Toma seu café, vai à feira ou ao mercado. Outro fica esparramado no sofá vendo o treino de Formula 1 ou algum tele pastor. Alguns vão para a praia com a família ou jogar um futebolzinho. No período da noite vai para um shopping passear com a família, a uma festinha de aniversário ou a algum casamento e, aqueles que acham que não é pecado, a um cinema ver um bom filme, quando não tem nada na igreja...

O não crente - Acorda tarde, pois ficou até de madrugada na balada. Outros estão chegando em casa de manhã e dormem o dia todo, pois ninguém é de ferro, e a noite tem que estar animado novamente. Os que conseguiram dormir e acordar até o meio-dia, a tarde vão para o churrasco com muita cerveja e pagode. Outros vão para a praia, ou jogar um futebol, ou vão passear no shopping, ou vão ao cinema, ou descansam um pouco a tarde para voltar a balada mais tarde.

Domingo

O crente - Levanta cedo, toma seu banho, escolhe a melhor roupa e vai para a igreja. Chega cedo para a Escola Bíblica Dominical (se é que ainda existe), participa do culto até meio-dia. Depois vai para casa almoçar. Algumas mulheres já deixam o almoço preparado, outras fazem quando chegam. Depois sobra aquela pilha de louça suja na pia para ela passar a tarde toda lavando, enquanto o maridão, bonitão, dorme que chega roncar. No final da tarde toma um novo banho e escolhe uma nova melhor roupa para o culto da noite.

O não crente - Mais uma vez acorda mais tarde, toma seu café, bota sua roupa de praia e vai curtir aquela natureza linda que Deus criou. Os homens ficam só apreciando a mulherada que, como diria minha sogra, “perderam a vergonha e estão nuas”; as mulheres olhando as celulites das outras para não verem as suas, os biquínis fora de moda e as gordurinhas das outras, enquanto discutem a novela. Tomam suas geladinhas, comem por ali mesmo e ao final da tarde vão para suas casas descansarem, ou se prepararem para mais balada naquela noite.

É claro que não é só isso. Mas quis fazer uma mostra do que pode parecer para muitos o dia a dia dos crentes e dos não crentes. Mas só esta simples mostra pode fazer parecer que a vida do crente é um negócio muito chato mesmo. Creio que alguns crentes também acham isso, pois, volta e meia, dão uma variada em suas atividades e invadem o campo do não crente (que coisa feia).

Isto depende da visão de futuro de cada um. Se tudo aquilo que nós cristão cremos for uma mera história da carochinha, uma lenda, então vivemos uma vida chata e não aproveitamos nada daquilo que faz a alegria dos que aproveitaram bem seu tempo aqui neste mundo. Como disse Paulo, “se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não são ressuscitados. Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima” (I Co 15: 14 a 17 e 19). Que peninha de nós cristãos se tudo o que cremos não for verdade. Quanto tempo perdido. Somos realmente “dignos de lástima”.

Para falar a verdade, chego a pensar que melhor seria se assim fosse, pois, no fim de tudo não veria ninguém sofrendo. Mas creio firmemente na Palavra de Deus que me garante que um dia Cristo voltará para buscar aqueles que creram nestas “histórias da carochinha”: “Eis que cedo venho; bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro. Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra” (Ap 22:7 e 12). Naquele grande dia todos aqueles que viveram esta vida “chata” ouvirão: “Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34).

Eu prefiro viver a vida chata de cristão, não que eu a ache assim. Vida de crente é uma delicia. Eu não a troco por nada neste mundo.

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