Estava vendo um filme
sobre o tsunami na Tailândia, e fiquei pensando como somos pequenos e indefesos
diante da criação. O filme falava de uma família que resolveu passar as ferias
na região afetada por aquela tragédia. Estavam todos aproveitando de tudo que aquela
região oferecia, e de repente, aquele aguaceiro todo que acaba com tantos
futuros.
Nenhuma pessoa quando
projeta um passeio em algum lugar lindo como aquele pode, sequer por um
instante, imaginar que algo como aquilo pudesse acontecer. Creio que mesmo
hoje, depois daquela tragédia, muitos ainda estão indo passear naquelas praias.
Como imaginar uma tragédia tão grande num momento de felicidade? A vida nos faz
recusar qualquer possibilidade de que, em algum momento, algo muito ruim nos
aconteça.
Por mais que saibamos que
o transito é muito violento, não saímos de casa imaginando que iremos bater e
sofrer danos irreparáveis, ou mesmo morrer. Tenho visto pessoas que constroem
suas casas em locais onde uma tragédia é quase real, mas constroem assim mesmo,
até que algo ruim acontece, e parece que ficam espantadas sobre como aquilo
aconteceu. Era mais que previsto.
Não temos o habito de
avaliar algumas situações, por que elas nos assustam muito. Preferimos
acreditar que nada de ruim ira acontecer. Preferimos correr riscos, na quase
certeza de que nada irá acontecer. Chegamos mesmo a duvidar de que algo muito
sinistro ocorra. Todas as pessoas que sofreram com a perda de bens materiais e
vidas, no acidente da barragem de Mariana, estavam certas de que nunca aquilo
ocorreria. Por mais que houvesse planos de escape, a quase certeza de não
acontecer, prevalecia e todos viviam suas vidas normalmente.
Billy Graham em um dos
seus livros diz que não nos preparamos para morrer, e quando morremos damos
trabalho para os que ficaram. São raros os casos de pessoas, ou famílias que
possuem testamentos prontos, planos funerais, jazigos familiares e essas coisas
que a morte requer. E quando acontece, a correria na hora mais cruel para a
família é grande. E, então, os aproveitadores da desgraça alheia, aparecem e
sugam tudo que podem sem nenhum pudor.
Vendo o filme, fiquei
pensando na volta de Jesus Cristo. Ninguém sabe quando será, nem mesmo o
próprio Jesus: "Quanto ao dia e a hora ninguém sabe, nem os anjos dos
céus, nem o Filho, senão somente o Pai" (Mt 24:36). Só se sabe que será de
repente, como um relâmpago: "porque assim como um relâmpago sai do Oriente
e se mostra no Ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem" (Mt 24:27).
De repente. Será como a chegada de um ladrão, ninguém espera: "se o dono
da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e
não deixaria que a sua casa fosse arrombada" (Mt 24:43). De repente,
quando menos se esperar, Jesus Cristo aparecerá e pegará muitos de surpresa, ou
todos. Será como um grande tsunami descendo do céu.
"Portanto, vigiem,
porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor" (Mt 24:42), é o
conselho de Jesus Cristo, que ainda diz que neste dia, dois estarão andando
juntos e de repente, puf, um será levado e o outro ficará (Mt 24:40,41).
Imagine a cena: você tomando um café com um amigo e, de repente, puf, você
estará sozinho; ou, você dentro da igreja com um monte gente ao seu redor e, de
repente, puf, você estará quase que só, ficarão alguns com você; ou, você em
sua casa almoçando com sua família e, de repente, puf, você estará
completamente só. Será dolorido.
Talvez você esteja achando
tudo isso uma grande besteira. Cristo nos lembra dos dias de Noé, quando este
anunciou o dilúvio. Ninguém levou o cara a sério, e continuaram suas vidas
normalmente, até que o dilúvio veio e levou a todos (Mt 24:37-39). E ele alerta
que, por causa da imprevisibilidade deste acontecimento, todos devemos estar
preparados (Mt 24:44).
Ninguém esperava o tsunami
no Oceano Indico, em 2004. E, de repente, foram mais de 230.000 mortes na
Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia e Maldivas. Na cidade de Mariana, todos
levavam a vida tranquilamente. Estudavam, passeavam, frequentavam suas igrejas,
até que, de repente, chegou aquela enxurrada de lama e de minérios, que arrasou
cidades e vidas, viajou por volta de 600km, poluindo as águas dos rios, até
chegar ao mar, e poluí-lo também.
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