Estamos vivendo mais um evento para debater sobre o
cuidado com o nosso planetinha. Isso mesmo, mais um. Desde Rio92 outros
incontáveis foram realizados pelo mundo todo. Muito dinheiro e tempo gasto para
pouquíssimas soluções. A cada dia vemos mais e mais destruição motivada pela
ganância, busca de poder e outras tantas razões nada saudáveis. Vejo muita
promessa e pouca realização. Muita propaganda enganosa.
Pelo que tenho acompanhado no noticiário, não estão
conseguindo chegar a um consenso. O
texto criado irá para os “todo-poderosos” sem representar um desejo comum e,
gostaria de estar errado, vai continuar assim. Mesmo que houvesse unanimidade
também não resolveria muito.
Enquanto houver veículos rodando, haverá petróleo
sendo queimado, ou vazando pelos oceanos. Enquanto houver necessidade de papel,
árvores serão derrubadas. E não me venham dizer que isto é feito com a
preocupação do reflorestamento, pois não é bem assim. As sacolinhas plásticas
continuam brotando nos supermercados. As garrafas de plástico continuam sendo
jogadas nos rios e matas; a reciclagem delas é absurdamente pequena. Nossos
computadores que se tornam obsoletos com enorme rapidez jogam matérias nocivas
na natureza. Quantas pessoas você conhece que entrega suas máquinas velhas em
algum lugar de reciclagem? Existe isso? Você faz isso? As pilhas e baterias
estão indo para qual depósito especializado para recolhê-las? Conheço bem
poucos pontos que recolhem; acho que dá para contar em uma das mãos. Para onde
vão as suas?
Esta lista, com certeza, poderia ter muitos e
muitos itens que nos daria uma visão da grande irresponsabilidade do homem de
cuidar do mundo onde ele vive. É como se morássemos numa casa e ficássemos
muito tempo sem realizar nenhuma reforma, nenhuma faxina, nada. Só
aproveitássemos da casa, deixando que alguns vazamentos durassem para sempre;
que o lixo acumulasse por todos os cantos. É mais ou menos isso que fazemos com
o nosso ambiente. Não temos tido nenhum respeito por ele. Agora ele começa a
nos cobrar, e caro, por todos esses anos de desrespeito. Aquecimento global;
geleiras se derretendo; ar poluído; risco de faltar água; animais em extinção;
mudanças bruscas de clima; enchentes a toda hora e em todos os lugares; frio e
calor acima do normal... A nossa casa está nos avisando que alguma coisa está
errada e ficamos fazendo grandes eventos que não trazem efeito algum.
Creio que o grande movimento que precisamos fazer é
no coração do próprio homem. Sem isso não haverá encontro mundial que resolva
esta situação. O princípio destas dores foi lá no Éden quando Deus criou o
homem e o colocou no Jardim “para o lavrar e guardar” (Gn 2:15). Até então não
havia acontecido o momento em que o homem optou por desobedecer a Deus. Com a
queda tudo mudou, e o cuidado do homem com a terra também. Agora não era o lavrar
e guardar orientado por Deus, mas, sim, o explorar ao máximo tudo que a terra
poderia dar crendo que estes recursos nunca se tornariam escassos. Deu o que
deu.
Creio verdadeiramente que a mudança do coração do
homem, fruto do seu relacionamento íntimo com Deus, é suficiente para mudar a
sua visão a respeito do cuidado com a natureza, mas este é um tema que as
nossas igrejas deveriam proclamar com mais intensidade. O cuidado com a
natureza é um desejo de Deus, e se a igreja é a responsável por transmitir os
desejos de Deus para o mundo, a cúpula dessa conferencia deveria ser formada
por líderes cristãos, HONESTOS, não
de representantes de governos, mais preocupados com seus próprios umbigos do
que com o mundo.
Mas, por que somos politicamente corretos como
cristãos, é melhor não nos intrometermos, não é verdade? Infelizmente, ainda
veremos outros eventos por ai, mundo afora. E continuaremos esperando por
soluções dos nossos representantes. Soluções mágicas. Soluções trágicas.
Mas quem se importa? Até tudo isso acontecer nós
não estaremos mais aqui...
Concordo cem por cento com esse texto! Precisamos ser mais ativos no nosso papel de filhos de Deus no que tange a criação.
ResponderExcluirA ardente expectação da criação aguarda a manifestação dos filhos de Deus!
Pr. Mário Sérgio