A Fifa acaba lançar o tema para a Copa no Brasil: “Juntos num só
ritmo”. É um bonito tema e bem significativo. Segundo o secretário-geral da
Fifa, Jérôme Valcke, “o slogan é o fio condutor para a Copa do Mundo. Não só
para o Brasil, mas para o mundo. É por isso que tem sido importante
trabalharmos juntos, Brasil e Fifa, para misturar a cultura mundial e a cultura
brasileira e ser capaz de mostrar ao mundo o que é o Brasil, o que é o ritmo do
Brasil”.
Em um país com as dimensões do Brasil, com toda sua diversidade de
culturas, estilos musicais, características próprias de cada região na forma de
falar, religiões, sabores típicos regionais, raças, e outras tantas
peculiaridade que temos por aqui, encontrar um único ritmo poderia gerar alguma
dificuldade. Qual será o ritmo que este fio condutor da copa nos levará a
seguir juntos?
Será o ritmo das águas que rolam Cachoeira abaixo em Brasília,
encharcando todos aqueles nossos honestíssimos políticos, que nada fizeram e
estão apenas sofrendo perseguições? Acho até que não deveríamos votar neles novamente
para não sofrerem outras maldades.
Será o ritmo dos nossos bondosos banqueiros que estão nos fazendo a
caridade de baixar seus juros, recusando com isso aos lucros exorbitantes que
sempre massacraram a população? Quem irá pagar esta conta? Eu sempre ouvi que o
almoço nunca sai de graça. Alguém sempre paga.
Será o ritmo das nossas mídias televisivas que insistem em tornar mais
bagunçado ainda a moralidade da nossa juventude, com suas mensagens enganosas
ensinando que é muito bom transar a vontade, que não haverá consequência
alguma? Que é totalmente careta os pais não deixarem seus filhos/filhas levarem
seus namorados/namoradas para a cama do seu próprio quarto. Que o homossexualismo
é lindo e só traz felicidades. Que essa história de fidelidade conjugal não
existe mais, que o bom é variar mesmo.
Será o ritmo de algumas igrejas que têm deturpado a mensagem pura do
evangelho, em prol de bênçãos materiais, sucesso no tamanho da igreja ou na
quantidade de frequentadores mesmo que não haja compromisso algum, ou apenas para
alimentar a megalomania de seus donos?
Será no ritmo funk proibidão com palavras obscenas que somos obrigados
a ouvir dos carros que param ao lado do nosso, ou que passam em nossa rua, com
o som altíssimo para alimentar a carência afetiva dos seus donos, que desejam
atenção? Alguns desses carros parecem valer menos do que a aparelhagem de som que
carregam.
Desejo que o ritmo que nos unirá seja o de Sadraque, Mesaque e Abednego,
do livro do profeta Daniel, que foram levados para o palácio do rei da
Babilônia, Nabucodonosor, com ordens que fossem tratados com o melhor do daquele
lugar. Comeriam e beberiam do mesmo que fosse servido ao rei, mas recusaram por
temerem a Deus e não desejarem se contaminar de maneira alguma.
Poderiam ter vivido o sonho de todos nós, morar num palácio, com todas
as regalias que isso envolve. Poderiam, como os outros jovens de sua nação que
foram levados para o palácio junto com eles, dançar o mesmo ritmo do rei da
Babilônia. Mas por amarem a Deus, se recusaram.
Sua coragem para enfrentar o poderoso rei, colocando até mesmo suas
vidas em risco, e não mergulhar nas aguas que corriam daquela cachoeira, foi
honrada por Deus, que os livrou das perseguições. O testemunho deles fez o rei
declarar: “Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, o qual enviou o
seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele e frustraram a ordem do
rei, escolhendo antes entregar os seus corpos, do que servir ou adorar a deus
algum, senão o seu Deus” (Dn 3:28).
Que em 2014, quando a copa chegar, nos encontre vivendo juntos num só
ritmo, o de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, pois é sempre bom saber o que você pensa.