Durante muitos anos temos ouvido falar da tal “Lei de Gerson” que,
segundo a Wikipédia, “é um princípio em que determinada pessoa age de forma a
obter vantagem em tudo que faz, no sentido negativo de se aproveitar de todas
as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas ou
morais”.
Esta “lei” surgiu a partir de um comercial feito por Gerson, o
“Canhotinha de Ouro”, um grande jogador de futebol que defendeu a Seleção
Brasileira que, mais tarde, se diz arrependido por ter associado seu nome a
toda malandragem, ou jeitinho brasileiro, por causa deste comercial veiculado em
1976.
Hoje, 18/07/2012, estava ouvindo um programa no rádio do carro, e ouvi
o Gerson, que participa do programa, dizendo que estava completando 48 anos de
casado.
Só isso já bastaria, para mim, para derrubar toda a ideia de que ele
pensava daquela maneira que o comercial criou. Gente, ninguém que realmente
goste de levar vantagem em tudo consegue viver um relacionamento desse tamanho.
Principalmente um relacionamento conjugal. Se ele não falasse mais nada já era
o suficiente. Mas com a voz embargada continua dizendo que se não fosse pela esposa
ele não seria o que é, e que isso só é possível com muita lealdade,
sinceridade, honestidade, parceria; com o abrir mão de algumas coisas, e o
esforço para começar a gostar de outras.
Eis ai a “Nova Lei de Gerson”. Estas palavras deveriam ser gravadas e
colocadas no rádio, na televisão, nos outdoors, onde quer que todos pudessem
ouvir e ver, para que todos aqueles que se deixaram influenciar pela antiga
“”Lei de Gerson” percebessem que aquilo foi um equívoco, e assumissem a “Nova
Lei de Gerson”.
Junto com ele eu chorei também. Como é bom e agradável ouvir uma coisa
assim. Principalmente de pessoas com voz na nossa mídia. Pessoas que são
ouvidas e que podem influenciar outras. Quem, que goste de levar vantagem em
tudo, pode fazer um discurso tão honesto assim publicamente?
Talvez a Nova Lei de Gerson pudesse ser definida como “um princípio em
que determinada pessoa age de forma leal, honesta, sincera em tudo que faz, em
parceria com seu cônjuge, no sentido positivo de se aproveitar de todas as
situações em benefício da melhoria do seu relacionamento conjugal e para a
felicidade do seu cônjuge, sem se envolver em questões antiéticas ou imorais
que impeçam a manutenção do seu casamento até que a morte o termine”. Creio que
é o mesmo principio deixado pelo apóstolo Paulo quando diz que “tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o
que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum
louvor, nisso pensai” (Fl 4:8).
Eu nunca acreditei que Gerson tivesse um caráter que representava a
Lei de Gerson, agora passo a admirá-lo mais ainda. Foi um “cracasso” nos campos
(só poderia ter jogado no Fogão), é um grande comentarista e, agora sei, é um
“cracasso” no campo familiar.
Valeu Gerson! Foi mais um daqueles lançamentos fantásticos, agora, no
campo do amor. Mesmo não sabendo jogar bola, vou matar no peito, vou marcar um
golaço e vou correr para o abraço.
Valeu, Pastor.
ResponderExcluirQue apliquemos a nova Lei de Gerson em nossas vidas.
Grande Ulicio! Belíssimo texto. Inspirado e Contextualizado! Valheu!
ResponderExcluirwanderson disse...
ResponderExcluirA cultura do ser humano e pré-julgar as pessoas antes mesmo de conhecê-la mais afundo. este é um grande exemplo de pessoa que devido a sua fama e dinheiro teve a possibilidade de desejar e fazer tudo o que quisesse, mas rejeitou prazeres momentâneos por sentimentos eternos como o amor a família. parabéns pastor Ulicio pelo belo texto.