Que bom que você veio!!


Que bom que você veio!!
Quero escrever textos que nos ajudem a entender um pouco mais daquilo que Deus tem para nós, para falarmos uma mesma linguagem. Não tenho o objetivo de ser profundo, nem teológico, nem filosófico, nada disso. Quero dizer coisas simples que pululam em minha mente, sempre atento para não contradizer em nada a minha fé, ou o que creio ser a vontade de Deus.
No mês de Agosto/12 há um texto que explica o significado e o porquê do nome Xibolete.

9 de out. de 2012

Quem educa seu filho?



Há alguns anos passados Ana andou vendendo umas camisas de malha com frase ou desenhos alusivos a vida cristã. Um dia, essas camisas estavam numa grande sacola plástica no meio da sala do nosso apartamento e Caroline, que na época tinha uns cinco anos, estava sentada em cima daquela sacola. Eu estava na cozinha, lavando louças, e ouvi Ana mandar que ela saísse de cima daquela sacola, e Carol não atendeu.

Ana veio até a cozinha e disse: “Tá vendo amor, Carol agora está assim, não obedece mais”. Eu como pai machão, bravo toda vida, fui para a sala, engrossei a voz disse com cara de pai zangado: “Carol, sai agora daí de cima!”. Carol, com toda a doçura infantil disse: “Só estou esperando duas palavrinhas que vocês me ensinaram”. Eu, ainda com voz de pai zangado, perguntei: “Que duas palavrinhas, Carol?”. Ela, com mais doçura infantil ainda, disse: “Por favor”.

Sabe numa luta quando alguém leva um soco bem encaixado logo acima da cintura e o ar falta completamente? Foi assim que me senti. É lógico que depois dessa não havia alternativa: “Por favor, Carol, saia daí”, com uma nova tonalidade na voz, que quase não sai por falta de ar. Ela prontamente saiu, com a sensação do dever cumprido. A lição estava dada.

Nossos filhos sempre nos ensinam alguma coisa. Nem sempre fazemos aquilo que cobramos deles, ou exigimos que eles façam. Esquecemo-nos, algumas vezes, que somos exemplos para nossos filhos. Eles estão sempre nos olhando e aprendendo conosco. Por isso é imprescindível que tenhamos atitudes compatíveis com nosso discurso, pois nossos atos fazem mais diferença do que nossas palavras. Ensinar com o exemplo é sempre mais valioso.

Conheço algumas pessoas que dizem que gostariam que seus filhos frequentassem uma igreja para aprenderem coisas boas, mas eles mesmos não frequentam nenhuma. Não seria mais fácil leva-los lá? Outro erro é esperarmos que nas igrejas, nossos filhos aprendam uma coisa que não praticamos em casa. Conheço um adolescente cristão que algumas vezes me perguntou sobre beber ou não beber cerveja. Depois de algumas conversas sobre o assunto, fui a um aniversário em sua casa e chegando lá vi seu pai, um cristão, com cargo de liderança numa igreja que não aprova a ingestão de bebida alcoólica, com uma latinha de cerveja, que tentou esconder atrás de alguma coisa no momento que cheguei.

A Palavra de Deus deixa bem claro o dever dos pais na educação dos filhos: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22:6). E de maneira quase exagerada exorta: “Estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt 6. 6 a 9). Em qualquer hora, em qualquer tempo, de todas as formas, de todas as maneiras, com todas as possibilidades, sempre, os pais devem ensinar aos filhos sobre a vontade de Deus. Não apenas com palavras, mas, e principalmente, com sua própria forma de viver. Sendo exemplo.

Vejo pais referindo-se a seus filhos, ou filhas, como muito malcriados e eu penso: “Bem feito para você. Foi você mesmo que o mal criou”.

Havia um dito popular que dizia: “Adote seu filho antes que um traficante o faça”. Eu diria: “Eduque seu filho antes que um colega da escola, do condomínio, ou de outro lugar qualquer o faça”. Mostre a ele com a sua vida como se deve viver de acordo com a vontade de Deus.

Seu filho em algum momento pode lhe ensinar alguma coisa, mas tenho certeza absoluta que você tem muito mais a ensiná-lo. Não perca tempo. Não passe a bola para outro. Não se esqueça de que você é quem prestará contas a Deus pelo filho, ou filha, que ele te deu o privilégio de educar.

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