Que bom que você veio!!


Que bom que você veio!!
Quero escrever textos que nos ajudem a entender um pouco mais daquilo que Deus tem para nós, para falarmos uma mesma linguagem. Não tenho o objetivo de ser profundo, nem teológico, nem filosófico, nada disso. Quero dizer coisas simples que pululam em minha mente, sempre atento para não contradizer em nada a minha fé, ou o que creio ser a vontade de Deus.
No mês de Agosto/12 há um texto que explica o significado e o porquê do nome Xibolete.

24 de out. de 2012

Um minuto de mulher.



A mulher é a perfeição da criação. Quanto mais convivo com uma, mais creio nisso. Pelo menos a minha é assim, perfeita. Não perfeita em si mesmo, mas perfeita na perfeição que é perfeitamente perfeita para mim. Ela é perfeita porque Deus não faria nada imperfeito. Como ela é a imagem e semelhança de Deus, não poderia ser mais perfeita.

Ana, além de tudo isso ainda me mostra que é uma enciclopédia teológica em pessoa. Como eu aprendo sobre Deus com essa mulher! Com ela eu tenho aprendido a desenvolver na prática “o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade a mansidão, o domínio próprio” (Gl 5:22,23) sem o menor esforço. Muito do que sou hoje devo à convivência com ela.

Hoje aprendi, na prática, mais uma lição importante. Descobri que de alguma maneira ela usa o mesmo “relógio” que Deus usa para medir o tempo. Como?

Simples assim.  As 15:25h, eu estava em Juiz de Fora falando com ela ao telefone quando ela disse: “Espera um pouco. Te ligo daqui a UM MINUTO”. São agora, exatamente, 22:12h. Portanto 6:47h depois, estou em Belo Horizonte a uns 250 kms de distância de onde estava, e ela ainda não me ligou. Se não fosse tanto tempo de prática nas características acima, que são o fruto do Espirito, com ajuda dela, eu não entenderia que isso é mais uma lição para mim. Assim compreendo perfeitamente o que Pedro quis dizer em sua segunda carta quando disse que “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia” (II Pe 3:8).

As mulheres são exatamente assim. Quando querem que nós homens façamos alguma coisa, um minuto parece ter milhões de minutos. Mas, quando esperamos por elas, milhões de minutos se tornam um minuto. Elas nos ensinam na prática a entender as coisas de Deus.

No mundo prático e ágil em que vivemos esperar é uma coisa do passado. Não sei como ainda não descobriram uma forma da gravidez durar um ou dois dias apenas. Não temos mais paciência para coisas que demoram. A internet não pode ser tipo rápida, tem ser muito rápida. Os carros cada vez correm mais nas ruas. As pessoas já quase não andam, correm. A comida precisa sair em poucos minutos, fast-food. Se um saco de pipocas fica pronto em uns míseros segundos porque ficar naquela pipoqueira antiga, um tempão, rodando aquela manivela? Os cultos não podem ser longos, quanto mais curtos melhor.

Assim também agimos com Deus. Não entendemos que Deus não tem o mesmo marcador de tempo que nós usamos. Ou, talvez, não tenhamos mais paciência para esperar por Ele também. Talvez, por causa da idade, Ele esteja lento demais para nós. Então queremos tudo para ontem e não percebemos que Deus tem o tempo dele, e não age de maneira diferente só porque temos pressa demais. Queremos uma bênção para logo, e se não recebemos, ficamos zangados e tentamos consegui-la com nossas próprias mãos. Não temos a paciência para sermos testados por Deus. Não temos a paciência necessária para vivermos na dependência dele enquanto esperamos pela resposta. Com a demora, vai batendo um desânimo por não ter conseguido na hora que nós queríamos, então nos afastamos dele, e fazemos do nosso jeito. Não confiamos na promessa. Não confiamos nele.

Davi, que conhecia bem o Deus a quem ele servia, disse com toda certeza: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” (Sl 23:1). Mas ele sabia que não era como e quando ele queria, mas sim do jeito de Deus. Por compreender isso tão bem ele disse: “Esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor” (Sl 40:1). A confiança que Davi tinha em Deus, gerava a paciência necessária para esperar. Mais tarde Paulo orienta aos filipenses: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças” (Fl 4:6). Ansiedade. Outro mal que assola nossas vidas. Parente íntima da impaciência.

Não aguentei mais esperar e acabei de ligar para a Ana. Mas com Deus, quanto mais esperarmos melhor. A nossa espera nos coloca diante dele como crianças a espera dos favores dos seus pais. Dependência total e irrestrita. Deus ama isso. Ele sorri com isso, pois é alegria para o seu coração saber que esperamos porque confiamos a despeito de qualquer demora que exista. E por isso Davi declara: “Confia no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra, e te alimentarás em segurança. Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará” (Sl 37:3,4,5). Toda a experiência de vida de Davi com Deus o leva a afirmar: “Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37:25).

Sei que ainda vou ter outras experiências de espera com a Ana. Não me importo. Esperarei quanto tempo for necessário. Sempre valerá a pena. Assim vou praticando esperar o momento certo de Deus também. E com certeza sempre será uma grande alegria esperar pelo momento dele.

Creia, e espere se for preciso. Depois, aproveite as bênçãos recebidas. E nunca se esqueça de agradecer. Gratidão agrada a Deus.

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