Que bom que você veio!!


Que bom que você veio!!
Quero escrever textos que nos ajudem a entender um pouco mais daquilo que Deus tem para nós, para falarmos uma mesma linguagem. Não tenho o objetivo de ser profundo, nem teológico, nem filosófico, nada disso. Quero dizer coisas simples que pululam em minha mente, sempre atento para não contradizer em nada a minha fé, ou o que creio ser a vontade de Deus.
No mês de Agosto/12 há um texto que explica o significado e o porquê do nome Xibolete.

20 de nov. de 2012

Somos um bando de loucos.


Quando eu era criança havia um desenho animado (minha paixão por eles é antiga) que contava a história do dia a dia dos Jetsons, uma família que vivia num futuro remoto, produzido pela Hannah-Barbera (se você se lembra é porque está com uma idade bem avançadinha, hein). Era um mundo imaginário que para mim, uma criança nascida e criada na cidade de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, quarenta e tantos anos atrás, nunca existiria.

Depois de “sofrer” por alguns meses tentando conviver com um IPad, minha esposa começou a utilizar um IPhone 4 e está, ao mesmo tempo, perdida e encantada com tanta tecnologia. Quantas possibilidades! Enquanto ela explorava seu brinquedinho novo, eu comentava sobre a possibilidade imaginativa do homem. Algumas tecnologias imaginadas pelo criador dos Jetsons, hoje são realidades que agilizam nossa vida. Por volta de quarenta anos atrás, em seu livro “Poluição e a morte do Homem – Uma perspectiva cristã da ecologia”, Francis Schaeffer já dizia que “tecnologicamente, o homem moderno faz tudo quanto pode". Imagine o que diria nos dias atuais.

Fico impressionado com essa possiblidade imaginativa que leva o homem a buscas constantes. Perdemos um desses grandes visualizadores, Steve Jobs, mas outros estão por ai, e outros ainda virão. Dentro de mais alguns anos a fantástica cidade dos Jetsons será uma coisa completamente ultrapassada.

Por imaginar que nós, seres humanos, e tudo que nos cerca neste mundo maravilhoso, tão ordenado, somos produtos de uma partícula mínima chamada de “bóson de Higgs”, por causa do físico britânico Peter Higgs, ou “partícula de Deus” que é uma livre tradução de “God particle” criado pelo físico Leon Lederman, milhões de dólares foram gastos para construir o Grande Colisor de Hádrons, um laboratório tecnológico em um túnel de 27 km e a 175 metros de profundidade, nas proximidades de Genebra, na Suíça, onde haveria a possibilidade de reproduzir o que estas mentes brilhantes imaginam ter sido o inicio de tudo.

Se essas mentes inquietas que buscam provar o Big Bang, que é apenas uma teoria, usassem todo dinheiro gasto nessa pesquisa para ajudar pessoas que vivem em condições subumanas, o efeito benéfico para a humanidade seria muito maior e imediato. Projetaram esta pesquisa porque sua imaginação está inquieta com o que virá num futuro bem distante. A descoberta do bóson de Higgs pode vir a ser útil no futuro, e isto é fantástico. Mas, no fundo, o que move toda essa parafernália tecnológica é a descrença de que haverá um final de tudo.

Por favor, não estou dizendo que não devemos melhorar as condições de vida no futuro, ou pelo menos imaginar que é possível. Claro que não. Não penso que devemos cruzar os braços e esperar o grande final. O que me intriga é a motivação por trás de tudo isso. Não sei se a palavra correta aqui é motivação, ou talvez melhor fosse usar descrença. Descrença no que a Bíblia revela.

Por que será tão mais fácil crer em qualquer coisa que não seja Deus? O homem crê em duendes, fadas, bruxas, fantasmas, papai Noel e até em políticos, mas tem extrema dificuldade de crer em Deus e em suas palavras, o que não é nenhuma novidade, pois Paulo já dizia há séculos atrás que “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I Co 2:14). A estes o senhor dirá: “Eu sou o Senhor que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus, e espraiei a terra; que desfaço os sinais dos profetas falsos, e torno loucos os adivinhos, que faço voltar para trás os sábios, e converto em loucura a sua ciência” (Is 44: 24,25).

Somos um bando de loucos. Não estou falando da torcida do Corinthians. Estou falando de nós, homens, que nos achamos os sabichões, os doutores em tudo, que temos todas as respostas e, se não temos ainda, iremos procura-la a todo e qualquer custo. Somos quase Deus. Paulo nos alerta que “a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (I Co 3:19). Somos um bando loucos diante de Deus querendo encontrar todas as respostas, e precisamos parar com essa loucura, pois “Ele apanha os sábios na sua própria astúcia” (I Co 3:19).

Para que não sejamos apanhados em nossa loucura, há um conselho significativo na Palavra de Deus: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte" (I Pe 5:6). Por mais louco que possa parecer, este é o melhor conselho a seguir.

É melhor ser um louco por estar sob a poderosa mão de Deus, do que viver a loucura de querer ser maior do que ele. Foi mesma loucura que transformou um anjo de luz em caluniador.

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