Quando
eu era criança havia um desenho animado (minha paixão por eles é antiga) que
contava a história do dia a dia dos Jetsons, uma família que vivia num futuro
remoto, produzido pela Hannah-Barbera (se você se lembra é porque está com uma
idade bem avançadinha, hein). Era um mundo imaginário que para mim, uma criança
nascida e criada na cidade de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro,
quarenta e tantos anos atrás, nunca existiria.
Depois
de “sofrer” por alguns meses tentando conviver com um IPad, minha esposa
começou a utilizar um IPhone 4 e está, ao mesmo tempo, perdida e encantada com
tanta tecnologia. Quantas possibilidades! Enquanto ela explorava seu
brinquedinho novo, eu comentava sobre a possibilidade imaginativa do homem.
Algumas tecnologias imaginadas pelo criador dos Jetsons, hoje são realidades
que agilizam nossa vida. Por volta de quarenta anos atrás, em seu livro
“Poluição e a morte do Homem – Uma perspectiva cristã da ecologia”, Francis
Schaeffer já dizia que “tecnologicamente,
o homem moderno faz tudo quanto pode". Imagine o que diria nos dias
atuais.
Fico
impressionado com essa possiblidade imaginativa que leva o homem a buscas
constantes. Perdemos um desses grandes visualizadores, Steve Jobs, mas outros
estão por ai, e outros ainda virão. Dentro de mais alguns anos a fantástica
cidade dos Jetsons será uma coisa completamente ultrapassada.
Por
imaginar que nós, seres humanos, e tudo que nos cerca neste mundo maravilhoso,
tão ordenado, somos produtos de uma partícula mínima chamada de “bóson de Higgs”,
por causa do físico britânico Peter Higgs, ou “partícula de Deus” que é uma
livre tradução de “God particle” criado pelo físico Leon Lederman, milhões de
dólares foram gastos para construir o Grande Colisor de Hádrons, um laboratório
tecnológico em um túnel de 27 km e a 175 metros de profundidade, nas
proximidades de Genebra, na Suíça, onde haveria a possibilidade de reproduzir o
que estas mentes brilhantes imaginam ter sido o inicio de tudo.
Se essas
mentes inquietas que buscam provar o Big Bang, que é apenas uma teoria, usassem
todo dinheiro gasto nessa pesquisa para ajudar pessoas que vivem em condições
subumanas, o efeito benéfico para a humanidade seria muito maior e imediato.
Projetaram esta pesquisa porque sua imaginação está inquieta com o que virá num
futuro bem distante. A descoberta do bóson de Higgs pode vir a ser útil no
futuro, e isto é fantástico. Mas, no fundo, o que move toda essa parafernália
tecnológica é a descrença de que haverá um final de tudo.
Por
favor, não estou dizendo que não devemos melhorar as condições de vida no
futuro, ou pelo menos imaginar que é possível. Claro que não. Não penso que
devemos cruzar os braços e esperar o grande final. O que me intriga é a
motivação por trás de tudo isso. Não sei se a palavra correta aqui é motivação,
ou talvez melhor fosse usar descrença. Descrença no que a Bíblia revela.
Por que
será tão mais fácil crer em qualquer coisa que não seja Deus? O homem crê em
duendes, fadas, bruxas, fantasmas, papai Noel e até em políticos, mas tem
extrema dificuldade de crer em Deus e em suas palavras, o que não é nenhuma
novidade, pois Paulo já dizia há séculos atrás que “o homem natural não aceita
as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I Co 2:14). A estes o
senhor dirá: “Eu sou o Senhor que faço
todas as coisas, que sozinho estendi os céus, e espraiei a terra; que desfaço
os sinais dos profetas falsos, e torno loucos os adivinhos, que faço voltar
para trás os sábios, e converto em loucura a sua ciência” (Is 44: 24,25).
Somos um
bando de loucos. Não estou falando da torcida do Corinthians. Estou falando de
nós, homens, que nos achamos os sabichões, os doutores em tudo, que temos todas
as respostas e, se não temos ainda, iremos procura-la a todo e qualquer custo.
Somos quase Deus. Paulo nos alerta que “a
sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (I Co 3:19). Somos um bando
loucos diante de Deus querendo encontrar todas as respostas, e precisamos parar
com essa loucura, pois “Ele apanha os
sábios na sua própria astúcia” (I Co 3:19).
Para que
não sejamos apanhados em nossa loucura, há um conselho significativo na Palavra
de Deus: “Humilhai-vos, pois, debaixo da
potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte" (I Pe 5:6). Por
mais louco que possa parecer, este é o melhor conselho a seguir.
Pr. continue postando esses textos,estou amando
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