Tomava café da manhã quando ouvi barulho de motosserra. O que estaria
acontecendo? Fui até a janela e vi que começavam a derrubar uma árvore. Fiquei observando
o trabalho daqueles homens com uniformes verdes (que ironia), que matavam o
verde onde bem-te-vis e sabiás passavam tempos cantando. Debruçado na janela,
observando de longe aquilo que me parecia uma violência, meu pensamento
divagou.
Ali estava eu, cumplice daquela derrubada, imóvel, sem tomar nenhuma
atitude, por não ter coragem, por não saber o que fazer... Não importa qual o
motivo, via aquilo acontecer e nada fazia.
Então, percebi que era apenas mais um capítulo do que acontece hoje. A
escalada da violência só é possível porque estamos apáticos, assustados demais
para corrermos o risco de lutar contra ela. Não lutar com as mesmas armas.
Porém, enquanto sociedade, tomar uma posição mais realista, menos acomodada do
que apenas ficarmos escondidos nas nossas janelas, achando tudo um absurdo e
procurando encontrar alguém em quem botar a culpa.
A violência, como outras coisas na vida, começa com pequenos gestos
que já se tornaram normais, deixaram de ser chocantes e passaram a fazer parte
do nosso dia a dia. Queremos cortar a árvore da violência a partir dos seus
galhos mais altos, ramificados, mas nos esquecemos de que ela deve ser coibida
no desabrochar das primeiras folhas.
Quando uma criança, que nem sabe falar direito, fala um palavrão ou
xinga uma outra pessoa e os pais se maravilham achando o filhinho o máximo. Quando a criança traz algo para casa e os pais não procuram saber a
procedência. Quando os filhos reclamam que um coleguinha bateu nele na
escola e são orientados pelos pais para revidar, se possível, com mais força. Quando encobrimos
os erros de nossos filhos, quando os ensinamos a mentir, mentindo para eles,
estamos apenas alimentando um procedimento que poderá nos trazer tristezas mais
tarde.
Quando nossos filhos adolescentes saem de casa e não procuramos saber aonde
vão, com quem vão e o que vão fazer. Quando deixamos que eles aprendam “a vida”
com os amigos que também aprenderam com outros amigos, que aprenderam com
outros amigos...
Quando achamos aceitável que a iniciação sexual está começando cada
vez mais cedo e não orientamos nossos filhos “pois logo, logo eles estarão
praticando e aprenderão por eles mesmos”, e assim estamos vendo crianças
despreparadas tendo crianças que também correm o risco de não serem bem
preparadas.
Tudo isso, e mais algumas atitudes parecidas com essas, vai se tornando
uma bola de neve que chega a um tamanho que não podemos mais controlar. Então,
sem saber o que fazer, às vezes, apelamos para a violência, e tornamos pior o
que já começou errado.
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando
envelhecer não se desviará dele” (Pv 22:6), é o que ensina a Bíblia. Essa
preocupação deve começar com o menino, passar pela adolescência e não parar até
o fim dos dias. Assim não ficaremos debruçados na janela só assistindo tudo
acontecer. Estaremos cortando mal pela raiz.
Amém!
ResponderExcluirEmbora tds falam: ah já sei de tudo isso, mas e aí!? estás praticando ou acomodadas(os), apenas assistindo tudo de braços cruzados!?...Além de tudo não esqueçamos que somos espelhos para os nossos filhos, netos. A maioria das crianças qd perguntamos: " O que vai ser qd crescer? E eles respondem rápido, que é a profissão do pai ou da mãe. Então vamos orientar; ensinar os nossos filhos que é para o mundo não ensiná-los os destruindo diante da vida , da sociedade. Vamos ensiná-los tb à cuidar da natureza, pois precisamos de uma natureza protegida, pq DEUS nos dá tds os dias gratuitamente o fôlego de vida, e criou tudo o que há na natureza com um propósito.....as florestas, tds as plantas existentes na face da terra para termos um ar puro...........DEUS não deu a sabedoria ao homem para destruir nada, mas infelizmente é o que vem acontecendo.
Na Bíblia diz que JESUS voltaria qd o amor de muito esfriasse, e para quem lê a Bíblia e crer sabe que a volta de JESUS está MUITO PRÓXIMA. O mundo está um caos!